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Caso Sophia: em julgamento, mãe diz que marido pediu aborto

Ricardo Krause é acusado de matar a filha com um saco plástico em 2015. Júri iniciou na tarde desta terça-feira (30), no Fórum da Barra Funda (zona oeste)

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Menina Sophia, 4 anos, morreu asfixiada em 2015
Menina Sophia, 4 anos, morreu asfixiada em 2015

A mãe da menina Sophia, morta asfixiada com um saco plástico em dezembro de 2015, Lígia Kissajikian Câncio, disse que o pai da garota, Ricardo Krause, havia pedido para que ela interrompesse a gravidez.

"Tomei um remédio para abortar, mas não deu certo", disse a mãe. A garota, que na época tinha 4 anos, morreu dentro do apartamento de Krause, no Jabaquara (zona sul de São Paulo).

Lígia é a primeira informante de acusação ouvida pela juíza Renata Mahalen da Silva Teles, durante o júri popular que teve início na tarde desta terça-feira (30), no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste).

A ideia de abortar surgiu mais uma vez na vida do casal. Segundo Lígia, o então namorado Krause comprou o medicamento pela internet, mas o produto nunca chegou ao casal.


"No início era bem conturbado, tinham muitas brigas. Fiquei muito fragilizada, comecei a me tocar que não existia outra opção." Lígia afirma que Krause teve então a ideia da adoção.

Questionada pelo promotor de Justiça José Márcio Barbuto sobre a proposta de interromper a gravidez, Lígia disse que gostaria de levar a gestação adiante. "Ele dizia que minha irmã mais velha estava tentando fazer a minha cabeça para ter o bebê", disse.

Segundo ela, Krause demorou para demonstrar interesse na fase do pré-natal. "Na consulta para saber o sexo da criança, eu gostaria muito que ele estivesse junto, mas ele não foi. Eu fui com a minha mãe."

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