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Ciclistas reclamam de ciclofaixas apagadas e sem sinalização em SP

Plano de metas da Prefeitura da capital paulista prevê a criação de 173 km de conexões entre ciclofaixas até 2020. Cerca de 310 km passarão por obras

São Paulo|Do R7

Ciclistas reclamam de ciclofaixas apagadas e sem sinalização em SP
Ciclistas reclamam de ciclofaixas apagadas e sem sinalização em SP

Ciclistas que utilizam ciclofaixas na capital paulista foram surpreendidos nos últimos dias com a ausência da área destinada às bicicletas em ruas e avenidas da cidade. A Prefeitura informou que iniciou obras de requalificação e que o programa não será desativado. Após a aplicação do novo asfalto, as ciclofaixas ganharão nova pintura.

Dos 503,6 km de infraestrutura cicloviária, 310 km passarão por obras. Além disso, o plano de metas do Município prevê a criação de 173 km de conexões entre ciclofaixas até 2020.

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Quem utiliza a ciclofaixa da rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, na zona oeste da cidade, relata os riscos com a falta de sinalização.


O ciclista Luiz Felipe Silva dos Santos, de 25 anos, que utiliza a bike para realizar entregas para uma farmácia da região, precisou desviar de carros. Na segunda-feira, 9, muitos veículos estavam transitando pela faixa que havia sido asfaltada.

"Colocaram asfalto e apagaram a ciclofaixa. Na segunda, quando cheguei na Rua Artur de Azevedo, dividi espaço com os carros. Foi perigoso. Não havia cones e nem sinalização", reclamou.


O Estado observou na terça-feira (10), cones entre as Ruas Henrique Schaumann e Fradique Coutinho. Assim, mesmo sem a pintura, ciclistas conseguiram utilizar a ciclofaixa asfaltada. No entanto, após esse trecho, sem cones e sinalização, carros invadiam a faixa recapeada.

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A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), informou que iniciou obras de requalificação nas seguintes ciclofaixas da cidade de São Paulo: George Corbisier - Jabaquara, Bosque da Saúde - Vila Mariana, Saúde e Aratãs - Vila Mariana, Jupatis - Jabaquara, Corifeu de Azevedo Marques a Lapa, Artur Azevedo - Pinheiros, Gomes de Carvalho - Pinheiros, Jaguaré (Rua Antônio S. Noschese) - Lapa, Alameda Nothmann - Centro e Parque Novo Mundo - Vila Guilherme.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a requalificação prevê raspagem do asfalto antigo e a aplicação de uma nova camada asfáltica.

"Após o recapeamento será implementada a nova sinalização, que prevê pintura em vermelho aplicada apenas na aproximação das travessias, proporcionando maior atenção dos ciclistas aos cruzamentos", destacou em nota.

Segundo a Prefeitura, após pintura com o novo padrão de sinalização, serão instalados tachões a cada metro, para garantir mais segurança aos usuários.

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Cobranças

Santos conta que observa diariamente problemas nas ciclofaixas. "No Alto de Pinheiros, há buracos e muitos estão com a pintura apagada. Além disso, algumas árvores invadem a via e batem em nossas cabeças. Há ainda locais que deveriam, mas ainda não têm ciclofaixas", disse.

Atualmente, a cidade conta com 503,6 km de infraestrutura cicloviária. Desse total, 310 km passarão por obras, conforme o plano de metas da prefeitura, que prevê ainda a criação de 173 km de conexões.

O pintor Israel Wallace, de 50 anos, frequenta a região há 16 anos e critica a ausência de sinalização. Uma faixa informando a realização da obra na via foi colocada somente na terça-feira (10). O recapeamento foi feito no domingo (8).

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"A mudança começou, mas ninguém informou com antecedência. Na segunda-feira, quem utiliza a ciclovia com frequência precisou andar entre os carros. A Prefeitura colocou cones na terça, mas dá para ver que alguns já foram derrubados pelos carros", ressaltou.

O engenheiro Leopoldo Espírito Santo, de 58 anos, avalia que corredores como o da Faria Lima e da Berrini são bem estruturados. "Todas as ciclovias deveriam ser desta forma. Bem sinalizadas e com pouco contato com carros. O ciclista anda tranquilamente", disse.

Questionada sobre a falta de aviso, a prefeitura afirma que as vias que passam por requalificação de suas ciclofaixas recebem faixas informando sobre as melhorias em curso.

O consultor em mobilidade urbana e autor do Blog São Paulo na bike do Estadão, Alex Gomes, afirma que a Prefeitura também retirou o asfalto da ciclofaixa da Alameda Northmann, na região central.

"Muitas mães levam crianças de bicicleta nessa região para a creche. Faz alguns dias que passei pelo local. Sem sinalização e asfalto, o risco de queda é ainda maior. Desta forma, os ciclistas ficam desamparados", avaliou.

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