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Cinco suspeitos de matar família em SP serão indiciados, diz polícia

Filha do casal morto, a namorada dela e outros três homens devem ser indiciados após conclusão do inquérito policial. Suspeitos estão presos

São Paulo|Dhebora Fonseca, da Agência Record

Família foi morta no ABC e filha está presa entre envolvidos pelo crime
Família foi morta no ABC e filha está presa entre envolvidos pelo crime Família foi morta no ABC e filha está presa entre envolvidos pelo crime

Os cinco suspeitos de terem participado na morte de família em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), em 28 de janeiro, serão indiciados após a conclusão do inquérito policial, conforme informou a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) nesta terça-feira (11).

Todos eles estão presos temporariamente e são apontados como responsáveis pela morte do casal Flaviana e Romuyuki Gonçalves e o filho mais novo deles, Juan. A família foi encontrada morta em um carro carbonizado.

Os suspeitos detidos são Ana Flávia Gonçalves, filha do casal, a namorada dela, Carina Ramos, além de Juliano de Oliveira Ramos Júnior (primo de Carina), Guilherme e Jonathan Ramos.

O indiciamento deve acontecer, segundo o Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais), quando o inquérito policial que apura o caso for finalizado e encaminhado para a Justiça.

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Investigação

Na primeira visita da polícia à casa onde a família morava, em um condomínio de Santo André, os agentes encontraram o imóvel revirado, além de marcas de sangue pelos cômodos. Os investigadores consideraram estranho a residência estar nestas condições, pois não havia sinais de arrombamento. Do local foram roubados eletrodomésticos, cerca de R$ 8 mil dólares, joias e uma arma.

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De acordo com a perícia, litros de água sanitária e manchas de sangue foram encontrados no quarto do adolescente. Também foram localizadas manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia, a filha.

Uma testemunha que está sendo preservada contou aos policiais que ouviu barulhos estranhos vindos da casa das vítimas. Um laudo preliminar apontou que, antes de terem seus corpos carbonizados, as três vítimas morreram com pauladas na cabeça. Como todos os golpes foram do lado direito, a suspeita é de que o autor seja canhoto.

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Um homem de cerca de 1,90 m de altura foi visto por uma testemunha junto com as duas suspeitas, na noite do crime, carregando algo pesado para o carro. O suspeito é um primo de Carina, o terceiro suspeito preso, no dia 4 de fevereiro. Em depoimento, segundo a polícia, ele confessou o crime, disse que ele a ação foi premeditada e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.

Segundo o depoimento do suspeito, a ideia do trio era roubar joias e dinheiro do cofre da casa. O pai e o adolescente estavam na residência, no condomínio de Santo André, com Ana Flávia e Carina quando três suspeitos chegaram e anunciaram o assalto.

Carina teria sido a primeira a ser rendida. Os homens exigiam valores. Como o cofre estava vazio e o dinheiro recebido por Romuyuki não estava na residência, houve uma conversa entre os suspeitos. Naquele momento, segundo a versão do suspeito, as duas autorizaram a morte de toda a família.

Pai e filho foram levados para o quarto do adolescente. O suspeito revelou à polícia que os dois foram mortos asfixiados depois de apanhar e que Carina participou do sufocamento de Romuyuki com um saco plástico. Já a mãe, Flaviana, chegou à casa mais tarde e foi vendada.

Outros dois suspeitos pelo crime foram presos na tarde de 4 de fevereiro. A polícia chegou a eles a partir do depoimento de Carina na segunda-feira (3). Um deles, no entanto, teve a prisão revogada pela polícia e foi libertado. Nesta segunda-feira (10), um outro suspeito foi preso, totalizando cinco detidos. 

Câmeras

As suspeitas sobre a filha ganharam força depois de as imagens da câmera de segurança mostrarem que ela e a mulher estavam na casa na noite do crime. Por diversas vezes, as duas foram flagradas manobrando os carros da família. O carro de Ana Flávia e Carina também é visto entrando e saindo do local várias vezes. Em depoimento à polícia, Carina, que chegou às 20h ao local, alegou ter entrado por volta das 22h. Câmeras mostram que ela usava um casaco com capuz, mesmo fazendo calor, o que também gerou desconfiança da polícia.

Quando o veículo da família deixa o condomínio, por volta de 1h, o carro de Carina e Ana Flávia sai na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados.

Segundo a polícia, ao serem questionadas para onde seguiram após deixarem o condomínio, cada uma das suspeitas disse que se dirigiram a lugar diferente. A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico das duas mulheres para analisar sua troca de mensagens. Lucas Domingos, então advogado do casal, negou qualquer tipo de participação das duas com o crime e disse não ter certeza se havia contradições em seus depoimentos.

A polícia investiga as circunstâncias da morte de Flaviana, a mãe. De acordo o primo de Carina, ela não foi morta em casa. A polícia apura se Carina vestiu um uniforme da vítima, para se passar por ela, entrou no carro com Flaviana ainda viva e assumiu o volante. Tiros foram ouvidos antes de o carro ser abandonado em uma estrada de terra de São Bernardo do Campo. Na sequência, o veículo foi incendiado.

Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram o momento da saída do Jeep que, mais tarde, seria encontrado com os três mortos.

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