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Comerciantes reabrem lojas no centro de São Paulo mesmo com risco de prédio desabar

Chamas atingiram prédio de 10 andares no domingo (10) e foram extintas somente na noite de quarta (13); 200 lojas foram afetadas

São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7

Comércios na região da rua 25 de Março voltam a reabrir as portas nesta quinta-feira (14)
Comércios na região da rua 25 de Março voltam a reabrir as portas nesta quinta-feira (14)

Cinco dias após um incêndio atingir um prédio comercial no centro de São Paulo, comerciantes voltaram ao trabalho e reabriram as lojas na manhã desta quinta-feira (14). Após 64 horas de trabalho do Corpo de Bombeiros, as chamas foram extintas. No entanto, segundo o engenheiro Álvaro de Godoy Filho, da prefeitura de São Paulo, o imóvel ainda corre o risco de desabar.

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Até quarta-feira (13), três ruas estavam interditadas na região, a 25 de Março, Carlos de Souza Nazaré e Comendador Abdo Schahin. Agora, apenas o quarteirão da Abdo Schahin, onde está localizado o prédio, continua interditado.

Mais de 200 lojas da região precisaram fechar as portas desde o início do fogo no domingo (10) por conta do risco, o que afetou cerca de 15 mil funcionários, de acordo com a diretora-executiva da Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências), Claúdia Urias.

Em entrevista ao R7, Claúdia afirmou que, mesmo com os riscos, as autoridades liberaram o restante das ruas para o funcionamento do comércio, mas as vias seguem interditadas para passagem de veículos.


A prefeitura da capital pediu um aval à Justiça para demolir o prédio, de 10 andares, atingido pelas chamas. No local, funcionava uma loja de brinquedo. O incêndio teve grandes proporções e acabou se espalhando para outros três empreendimentos.

O prejuízo com as lojas fechadas por esses dias foi "incalculável" e, ainda segundo diretora-executiva, alguns empreendimentos ainda se recuperavam do "rombo" que a pandemia havia deixado.


Agora, os comerciantes do entorno da 25 de Março disseram que esperam se recuperar financeiramente dos dias em que as lojas precisaram ficar fechadas e sentem por aqueles que perderam tudo no incêndio.

"A gente não sabe se entra em desespero, se chora ou se ficamos comovidos com aqueles que perderam praticamente tudo, porque você ter o fechamento de uma loja é um prejuízo econômico, mas ela está lá, daqui a pouco você volta ao ritmo", relatou Cláudia.

*Estagiária sob supervisão de Fabíola Perez

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