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Contra nova onda de Covid-19, prefeito de São Paulo quer ampliar vacinação a mais faixas etárias

Ricardo Nunes acredita que, além do uso de máscara, doses de reforço vacinal a mais faixas etárias pode frear alta de casos

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Ricardo Nunes diz que mais importante do que a máscara é ampliação do reforço da vacinação
Ricardo Nunes diz que mais importante do que a máscara é ampliação do reforço da vacinação

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, tem dito que sua marca, em pouco mais de um ano de governo, é transformar a cidade na “capital mundial da vacinação” contra a Covid-19. Mas, nos últimos dias, São Paulo registrou aumento no número de internados com a doença tanto em leitos de enfermaria quanto em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

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Em entrevista exclusiva ao R7, Nunes defendeu a ampliação das doses de reforço da vacina para novas faixas etárias como forma de conter a alta de infecções. De acordo com o calendário vacinal, nesta segunda-feira (6), pessoas com mais de 50 anos e profissionais da saúde com 18 anos ou mais estão aptos a receber a quarta dose da vacina. Essa é a segunda dose de reforço do imunizante.

“Mesmo aumentando o número de infecções nesse momento, tivemos um número de internações que não cresceu na proporção em que aumentaram as infecções. Isso porque a vacina está fazendo com que as pessoas tenham condição de não agravar seu estado de saúde”, disse ele. “Mais do que usar a máscara, que é importante, é fundamental reforçar a vacinação."

A vacina está fazendo com que as pessoas tenham condição de não agravar seu estado de saúde. Mais do que usar a máscara%2C que é importante%2C é fundamental reforçar a vacinação

(Ricardo Nunes, prefeito)

A capital paulista registrou em maio um aumento de 251,8% no total de internados com Covid-19. Entre os dias 30 de abril e 30 de maio, o número saltou de 56 para 197. Apesar da alta, o resultado está abaixo do registrado em janeiro, quando a disseminação de casos provocados pela variante Ômicron provocou 873 internações.


Na quarta-feira (1º), São Paulo recomendou a volta do uso de máscara contra a doença em locais fechados e ambientes escolares. A decisão levou em consideração o aumento na positividade dos testes rápidos antígenos (TRAs) para Covid-19. Entre 24 e 30 de abril, a taxa de positividade foi de 4%, enquanto em 30 de maio, foi para 18%. 

A orientação segue a nova diretriz do Governo do Estado de São Paulo, mas não terá caráter obrigatório nem mudará a regra anterior que mantém a obrigatoriedade do uso da proteção em unidades hospitalares e no transporte público.


“Não temos dúvida de que o grande enfrentamento que vamos fazer contra a Covid é a vacinação. Esta cidade é a capital mundial da vacina, é a que mais vacinou no mundo e isso tem nos dado uma situação de mais tranquilidade em relação à doença”, afirmou Nunes.

O prefeito defendeu também a proposta de que novas faixas etárias sejam incluídas para receber as doses de reforço. “Pedimos ao Ministério da Saúde que liberasse a vacina de reforço da terceira dose para os adolescentes e pedimos a liberação da quarta dose para 50+. O Ministério da Saúde está entendendo que é importante essa liberação. As pessoas aqui têm consciência da importância da vacina e temos um sistema de saúde muito bem ampliado.”


Nunes, que assumiu a Prefeitura de São Paulo após a morte de Bruno Covas (PSDB), lembrou de outros momentos críticos da pandemia no ano passado. “Tivemos que conviver com uma situação difícil no serviço funerário, com tantos e tantos velórios, com a questão de ter vagas no serviço [de saúde]”, disse.

“A pandemia estava no seu grande pico, com uma média móvel de 272 mortes por dia. Tivemos de fazer muitas ações na gestão da vacinação, que era o nosso grande foco: vacinar as pessoas. A gente sempre acreditou que [a vacinação] era o que podia atenuar a Covid-19. Foi um grande exercício de superação.”

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