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Coronel Ubiratan: de comandante de massacre a vítima de homicídio

Policial também se elegeu deputado estadual

São Paulo|Ana Cláudia Barros e Vanessa Sulina, do R7

O coronel esteve cerca de 30 anos na vida militar
O coronel esteve cerca de 30 anos na vida militar O coronel esteve cerca de 30 anos na vida militar

Nascido em 19 de abril de 1943, Ubiratan Guimarães ingressou ainda jovem na Polícia Militar do Estado de São Paulo. Aos 21 anos, formou-se na Academia Barro Branco como aspirante a oficial, segundo informações publicadas no site da Secretaria de Segurança Pública.

Ao longo de seus mais de 30 anos de vida militar, comandou o Policiamento Metropolitano, de Choque e o regimento “9 de Julho” (cavalaria), além de assumir o comando interino de outros grupamentos, como a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Mas seu nome ganhou projeção nacional a partir de 1992, quando esteve à frente da operação para conter uma rebelião deflagrada no Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção de São Paulo.

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A ação terminou com a morte de 111 presos, de acordo com os números oficiais da época. O episódio, um dos mais sangrentos da história penitenciária do País, ficou conhecido como “massacre do Carandiru”.

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Alvo de críticas dos defensores dos Direitos Humanos, Ubiratan ganhou a simpatia de setores mais conservadores. A popularidade rendeu a ele uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado, em 2002, posto que já havia ocupado na condição de suplente. Nas eleições daquele ano, já militar reformado, disputou a vaga de deputado estadual pelo PPB e conseguiu 56.155 votos.

Na ocasião, utilizou o polêmico número 11.190. Em 2006, empunhando a bandeira da segurança pública, tentou a reeleição e, mais uma vez, o “111” apareceu no número da candidatura (14.111).

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Mas seus planos não se concretizariam. Em setembro daquele ano, foi encontrado morto, com um tiro na barriga, no apartamento onde morava, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista.

Seis anos depois, acusada de ser autora do crime, a ex-namorada dele, a advogada Carla Cepollina, começa a ser julgada nesta segunda-feira (5).

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Condenação e absolvição

Poucos meses antes de ser assassinado, Ubiratan — o único dos mais de cem denunciados pelo episódio do Carandiru a ser julgado —, foi absolvido. Ele havia sido levado a júri popular em 2001, quando recebeu condenação de 632 anos de prisão pela morte de 102 detentos. Mas cinco anos depois, a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

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