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Covas diz que motoristas querem taxação de transporte por app

Presidente do SindMotoristas disse que a paralisação seguirá por tempo indeterminado até que a Prefeitura decida negociar com a categoria

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

No segundo dia de paralisação parcial de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo, o prefeito Bruno Covas afirmou nesta sexta-feira (6) que o SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) prevê, entre as reivindicações, a taxação sobre transporte por aplicativo. "Como é pauta de cobrador de ônibus taxar o uber na cidade de São Paulo?", afirmou Covas, em entrevista à Record TV

O sindicato, por meio de nota, informou que a taxação de transporte por aplicativo não faz parte das reivindicações. "O prefeito argumenta que a cidade não tem recursos, a taxação de aplicativos foi uma sugestão e um caminho para que o aumento da arrecadação. Mas isso não é reivindicação e não faz parte do rol da luta da categoria", afirmou. "Os trabalhadores querem apenas a manutenção da frota, a garantia do emprego e o pagamento do PRL, que está atrasado."

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Segundo Bruno Covasm o sistema e as linhas de ônibus serão reorganizados. "Onde se tem 3 ou 4 onibus trabalhando, pode ser que tenha um ônibus grande." Nesta sexta-feira, cerca de 70% da frota de ônibus em operação às 7h30, de acordo com um balanço divulgado pela SPTrans (São Paulo Transporte S/A).


Os protestos de motoristas foram motivados, entre outros pontos, por uma redução na frota de ônibus. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), 450 veículos foram tirados de linha e a previsão é que outros 1.000 sejam retirados até o fim do ano, o que geraria cerca de 6 mil demissões.

Em entrevista à Record TV, Covas afirmou que "não há nenhuma demissão em massa prevista." Segundo ele, o valor da passagem não será alterado. "A prefeitura arrecada R$ 5,5 bilhões para o transporte e coloca mais 2,5 bilhões para fechar a conta. Tiramos recurso da educação, da saúde, da cultura, do esporte para fechar a conta. Isso sai dos cofres públicos."


Bruno Covas disse ainda que a Prefeitura realiza o pagamento em dia às concessionárias de ônibus. "Qualquer verba trabalhista reclamada pelos funcionários não esta deixando de ser paga por conta de repasse não feito da prefeitura as empresas concessionárias."Covas afirmou que a a prefeitura se colocou à disposição para antecipar a receita para que as empresas possam resolver o de fluxo de caixa para pagar os trabalhadores.

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Em relação à mudança no sistema de transporte, Covas disse que a cidade convive contratos emergenciais e discute a nova concessão do ônibus. "Só agora na 20ª assinatura do contrato, vem essa questão de rediscutir o novo sistema", afirmou ele. "Essa discussão foi feita de forma pública, em edital público, empresas aceitaram essas novas regras. O novo sistema vai reorganizar o novo sistema na cidade para dar mais agilidade, mas só pela quantidade de veículos."

O sistema que a prefeitura quer implantar, anunciado no dia 24 de abril, prevê diminuição de 146 linhas de coletivos da cidade e uma perda de 646 veículos em operação. Atualmente, são 1.339 linhas e 13.591 ônibus. Por sua vez, a prefeitura diz que irá aumentar a oferta de lugares disponíveis e eficiência e reduzir custos.

Na noite da quinta-feira, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) concedeu uma liminar determinando que o transporte público seja mantido em no mínimo 70% nos horários de pico da manhã (6h às 9h) e da tarde (16h às 19h). Nos demais horários, a determinação é de que se mantenha no mínimo 50%. No caso de não cumprimento, a multa diária será de R$ 100 mil reais. O sindicato prometeu acatar a decisão.

Na quinta-feira, o presidente licenciado do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) e deputado federal, Valdevan Noventa (PSC), havia falado em "paralisação total" e “começo de uma batalha”.

"Precisamos agir com estratégia e inteligência. Hoje (quinta), os motoristas levam os trabalhadores para casa, mas a partir da meia-noite, nenhum ônibus vai rodar. A partir das 8h (de sexta), vamos trazer os trabalhadores da categoria para um protesto na frente da prefeitura", declarou. Ele disse que a paralisação seguirá por tempo indeterminado até que a Prefeitura decida negociar com a categoria.

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