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Greve dos motoristas de ônibus: rodízio é suspenso na sexta-feira

A partir de zero hora do dia 6, categoria irá entrar em greve na cidade de São Paulo. Protesto nesta quinta-feira afetou 21 terminais de ônibus 

São Paulo|Do R7

Motoristas protestaram contra suposta redução da frota de ônibus
Motoristas protestaram contra suposta redução da frota de ônibus

O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) aprovou no fim da tarde desta quinta (5), uma paralisação geral do serviço de ônibus a partir de zero hora desta sexta-feira (6).

Leia mais: Motoristas de ônibus travam SP e prometem greve para sexta (6)

A decisão foi tomada após um dia de mobilizações que chegou a fechar 21 terminais e afetou o trânsito em diversas partes da cidade. A prefeitura decidiu suspender o rodízio de veículos também nesta sexta-feira.

O Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) se manifesta contra o que considera o "desmonte" do transporte público, e exige o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) por parte das empresas responsáveis pelo serviço na cidade.


Na assembleia, foi informado que o serviço seria retomado na integridade nesta quinta, "para levar o trabalhador para casa", e que a paralisação terá início a partir da meia-noite. O presidente interino do sindicato, Valmir Santana da Paz, disse ter saído "entristecido" da reunião com a Secretaria Municipal dos Transportes. "Nenhuma das nossas questões foi resolvida. Não vamos deixar trabalhadores perderem seus empregos. Não vamos rodar amanhã (sexta)", disse.

O objetivo da manifestação iniciada nesta quinta, segundo os motoristas, é protestar contra o que chamam de "desmonte" do setor, com uma suposta redução de frota, além de cobrar o pagamento relativo à PLR (participação nos lucros) e resultados por parte das empresas. De acordo com a entidade sindical, havia transferência desse dinheiro prevista para esta quinta, o que não teria ocorrido.


O presidente licenciado do sindicato e deputado federal Valdevan Noventa (PSC), disse que a decisão de paralisação é o "começo de uma batalha". "Precisamos agir com estratégia e inteligência. Hoje (quinta), os motoristas levam os trabalhadores para casa, mas a partir da meia-noite, nenhum ônibus vai rodar. A partir das 8h (desta sexta), vamos trazer os trabalhadores da categoria para um protesto na frente da prefeitura", declarou. Ele disse que a paralisação seguirá por tempo indeterminado até que a Prefeitura decida negociar com a categoria.

A volta para casa


Enquanto os ônibus não retomavam a circulação na tarde desta quinta, os usuários improvisavam jeitos de retornar para casa. Também à espera da linha Cohab Educandário, cinco pessoas que não se conheciam até então tiveram tempo de fazer amizade e estavam articulando um plano para dividir um Uber, já que iriam na mesma direção.

Parte desse grupo recém-formado, a copeira Edineide de Jesus, 33, havia saído do trabalho na Vila Olímpia de trem até o terminal Pinheiros e precisava continuar viagem até sua casa no Jardim João XXIII. "Amanhã nem saio de casa, a menos que a empresa pague o Uber. Não vou ficar no prejuízo. Já coloquei isso para minha supervisora no nosso grupo de Whatsapp."

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