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Criança morta pelo pai adotivo em SP foi espancada porque queria comer

Autor do crime é ex-tutor do Conselho Tutelar. Ele e a mulher são donos de uma empresa de recreação infantil

São Paulo|Estela Marconi, da Agência Record*

Lucas Henrique teve lesões pelo corpo
Lucas Henrique teve lesões pelo corpo

A criança de 7 anos morta pelo pai adotivo foi espancada por ter tentado entrar na cozinha de casa para comer. A confissão foi feita pelo próprio autor do crime, que ocorreu em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, na noite de quinta-feira (22).

A vítima, Lucas Henrique de Lima Franco Leão, chegou a dar entrada no pronto-socorro com ferimentos por todo corpo. No entanto, na madrugada de sexta-feira (23), o menino veio a óbito.

Aos médicos, o pai adotivo da criança, identificado como Marcelo Bezerra Leite, informou que ele havia caído da escada, mas a equipe do Hospital de Clínicas Luzia de Pinho Melo decidiu acionar a polícia ao constatar que as lesões de Lucas não condiziam com a versão contada pelo familiar.

Segundo a médica responsável pelo menino, ele apresentava ferimentos nos braços, ombros, cabeça, costas, barriga e pernas.


Marcelo é ex-tutor do Conselho Tutelar. Ele e a mulher são donos de uma empresa de recreação infantil.

Homem confessou que já tinha agredido o filho outras vezes

Acionado para prestar depoimento, Marcelo confessou aos policiais que tinha espancado o filho e, ao perceber que ele estava tendo espasmos, levou-o ao pronto-socorro. Ele informou, ainda, que essa não teria sido a primeira vez que agrediu o menino.


Em abril deste ano, Lucas teve uma fissura no fêmur ao ser agredido porque pediu ovos de Páscoa.

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Marcelo e a mulher têm mais dois filhos adotados, além de Lucas, e um filho biológico. De acordo com informações da Record TV, apuradas junto à polícia, os meninos passavam fome e Lucas Henrique escondia comida dentro da mochila para alimentar os outros irmãos em casa.

A residência da família, localizada na rua Francisco Leite Sobrinho, em Guararema, foi preservada por viaturas da Polícia Militar.

Marcelo foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Guararema, onde o caso foi registrado. O homem está à disposição da Justiça.

*Estagiária sob supervisão de Augusta Ramos, daAgência Record

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