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Deficientes sofrem mais preconceito no transporte de SP, diz pesquisa

Segundo estudo da Rede Nossa São Paulo, 46% dos entrevistados sofreram e/ou presenciaram preconceito em ao menos um dos locais avaliados

São Paulo|Do R7

Dois em cada 10 paulistanos têm alguma convivência com deficientes
Dois em cada 10 paulistanos têm alguma convivência com deficientes

Pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e divulgada nesta quarta-feira (11) aponta que o transporte é o lugar onde mais se sofre ou se presencia preconceito contra pessoas com deficiência. Ironicamente, o transporte é o espaço onde mais se vê pessoas com algum tipo de deficiência.

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Cerca de 46% dos entrevistados sofreram e/ou presenciaram preconceito em ao menos um dos locais avaliados. O transporte público lidera o ranking, com 34%. Os espaços públicos, como praças, ruas, shoppings e parques, registram 31%. O último lugar, diz a pesquisa, é a igreja, com 6%.

O estudo ainda mostra que 2 em cada 10 paulistanos têm alguma convivência com pessoas com deficiência. Os moradores do centro e da região oeste são os que mais declararam possuir, conviver ou se relacionar com alguém com algum tipo de deficiência, sendo 26% e 29%, respectivamente. Em seguida, vem a região leste (22%), norte (21%) e sul (18%).


Assim como na pesquisa de 2018, a maioria dos paulistanos percebe com frequência deficientes utilizando o transporte público. No entanto, os dados deste ano mostram essa “visibilidade mais acentuada”. Ainda assim, esses espaços permanecem reconhecidos como os locais onde as situações de preconceito são praticadas ou observadas.

Hospitais e postos de saúde são os que mais proporcionam algum contato com deficientes. Entre aqueles que convivem ou possuem deficiência, "aumentar o atendimento especializado para pessoas com deficiência na rede pública municipal de saúde é a segunda principal demanda para melhorar a qualidade de vida desta população (17%) - a primeira é garantir a acessibilidade das calçadas, semáforos, paradas, pontos e terminais de ônibus como a principal medida.


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Essa pesquisa "reafirma a importância do convívio mais próximo com este público, não apenas para o desenvolvimento da empatia, mas também como forma de potencializar a visibilidade deste segmento na cidade, assim como vem ocorrendo com a população feminina, LGBTQI+ e negra”.

Dados


Aumentou o número de paulistanos que percebem sempre ou às vezes pessoas com deficiência utilizando transporte público - a pesquisa mostra que a média em 2018 era de 63%, contra 68% de 2019.

Os hospitais e postos de saúde seguem, com 39%, como os locais que mais possibilitam aos entrevistados ver ou ter contato com pessoas com algum tipo de deficiência. A lista segue com shoppings (15%) e local onde mora (10%). Em último lugar, clubes e academias, com 3%.

Por volta de 42% dos entrevistados avaliaram como ótima ou boa a acessibilidade em igrejas e estações de trem e metrô, sendo assim a melhor avaliação positiva. O ranking segue com escola/faculdade (34%), hospitais e postos de saúde (32%), trabalho (28%), paradas, corredores e pontos de ônibus (27%), ônibus municipais (27%) e praças e parques (24%).

A pesquisa, realizada pelo Ibope Inteligência, ouviu 800 pessoas, de 3 a 19 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados totais. O intervalo de confiança é de 95%. 

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