Delegada acredita em aumento de denúncias sobre médico de Jundiaí
Após repercussão com reportagens sobre caso, Renata Yumi avaliou possível aparição de novas vítimas; por meio de nota, acusado negou abusos sexuais
São Paulo|Guilherme Padin ,do R7

O caso de Paulo Rowilson Cunha, dermatologista acusado de abuso sexual em pacientes em Jundiaí (SP), ganhou repercussão na última semana. Para Renata Yumi Ono, delegada responsável pelas investigações, a aparição do caso em redes de televisão pode ser um fator positivo.
“Até o momento, são sete vítimas. Mas acredito que surgirão mais vítimas depois das reportagens e divulgação do caso”, disse Renata à reportagem do R7.
Ela conta que ainda não houve contato direto com o médico, mas que ele será intimado. “Já falamos com os advogados sobre a investigação e ele está ciente. Primeiro vamos intimar as vítimas para depois intimá-lo”, afirmou.
Às possíveis novas vítimas, Renata aconselha “comparecer à Delegacia de Defesa da Mulher [de Jundiaí] para fazer a denúncia”.
As mulheres ouvidas pela reportagem da Record TV relataram toques inesperados em partes íntimas e elogios fora de contexto feitos pelo médico durante suas consultas. Uma ex-funcionária do consultório disse que Paulo tinha por costume um tipo de “brincadeira íntima que ele não tem liberdade com as pacientes dele. Ele fazia muito isso”.
“Ele tocava [em partes íntimas] na nossa frente e ele dizia que era tipo padrão, mas acho que não tinha necessidade”, completou.
Posicionamento da defesa do médico
O Dr. Paulo Rowilson Cunha nega veementemente as acusações que sofreu e, desde o primeiro dia, se colocou à disposição da autoridade policial que fosse ouvido para que pudesse esclarecer todo e qualquer mal-entendido. A investigação corre em segredo de justiça e o Dr. Paulo confia que, assim que for ouvido e esclarecer as suspeitas sob o ponto de vista médica, sua plena inocência será reconhecida.