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Delegada diz que procurador preso por espancar colega não sabia se estava arrependido

Demétrius de Macedo foi preso na manhã desta quinta (23) e, devido à sua formação, será encaminhado a uma cela especial

São Paulo|Do R7

Demétrius Oliveira de Macedo foi levado ao DHPP, no centro de São Paulo (SP)
Demétrius Oliveira de Macedo foi levado ao DHPP, no centro de São Paulo (SP)

O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, preso na manhã desta quinta-feira (23) por ter espancado a colega Gabriela Samadello na Prefeitura de Registro (SP), disse não saber se estava arrependido do crime, segundo a delegada Ivalda Aleixo, que concedeu entrevista no início da tarde.

“Rapidamente, do que conversei com ele, das perguntas que a gente tem que fazer, se ele está arrependido do que fez. E ele disse que não sabia responder”, afirmou a delegada, que o notou incomodado durante as perguntas.

Após ser detido no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), onde Ivalda Aleixo concedeu a entrevista, Macedo ainda passará pelo IML (Instituto Médico-Legal) e será encaminhado à audiência de custódia.

Posteriormente, o procurador será encaminhado a uma cela especial, devido à sua formação como advogado.


Agressão na Prefeitura de Registro (SP)

A procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello, foi espancada pelo colega dentro da prefeitura do município do interior paulista. Uma câmera de segurança registrou a agressão cometida por Macedo, que atingiu Samadello com socos e chutes, principalmente na cabeça.

Ele trabalhava com a vítima havia nove anos, e desde o começo de 2022 estava subordinado a ela. Segundo a procuradora, o agressor não aceitava ter uma mulher como chefe. Além disso, recentemente Gabriela Samadello abriu um processo contra Macedo, por ele ter destratado uma funcionária da procuradoria.


Após a repercussão do caso, a prefeitura o afastou na terça-feira (21), com suspensão de pagamento do salário.

Outras entidades chegaram a se posicionar sobre as cenas violentas em Registro: a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo disse receber com indignação as agressões e que está apurando o caso. Já o ouvidor das polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, pediu ao delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, a prisão temporária de Macedo.


Traumatizada, Samadello também se manifestou e disse que, se não tivesse contado com a ajuda de outras pessoas que estavam na prefeitura no momento da agressão, poderia ter morrido.

“Acho que é uma coisa muito grave. Se as pessoas não estivessem ali para me socorrer, fatalmente não estaria aí para contar essa história, ele teria me espancado até a morte”, afirmou a procuradora.

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