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Demolição do Tobogã avança e muda cenário do Pacaembu (SP)

Destruição da arquibancada termina até o fim de setembro. Local era um dos setores de preços populares em jogos de futebol

São Paulo|Do R7

Fotos de maio e de agora mostram a mudança no visual do Estádio do Pacaembu
Fotos de maio e de agora mostram a mudança no visual do Estádio do Pacaembu

Quase dois meses após o início do processo de reformas do Estádio do Pacaembu, as obras de demolição do tobogã, setor localizado atrás de um dos gols, estão avançando na zona oeste de São Paulo. Imagens feitas em maio e agosto exibem as diferenças em um dos cartões-postais da capital paulista.

A área que será derrubada costumava abrigar os torcedores que pagavam pelos ingressos mais populares do estádio nos jogos de futebol.

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O prazo estipulado pela concessionária Allegra Pacaembu para a conclusão da primeira etapa das obras, que corresponde à demolição do histórico setor do complexo esportivo, é de três a quatro meses, partindo do final de junho.

Ainda de acordo com a Allegra, que adquiriu em janeiro de 2020 os direitos de gestão do Pacaembu por 35 anos, boa parte do concreto existente no tobogã será reutilizado para a construção do novo edifício.


Encerrada a demolição, um prédio multifuncional será construído com um centro de convenções, shows e eventos naquele setor, além de um boulevard com praça interna de alimentação e serviços. O prazo para o término das obras do complexo é de dois anos e quatro meses.

CEO da concessionária, Eduardo Barella disse no início das obras que o objetivo da Allegra Pacaembu é manter viva a história do estádio, executando as obras com “todo zelo e respeito ao patrimônio, orientada para o futuro, iniciando uma nova fase desse ícone de São Paulo”.


Ao todo, serão aplicados R$ 400 milhões no Pacaembu – R$ 115 milhões pelos direitos e R$ 285 em investimentos para as obras.

História em pedaços: Veja fotos da demolição do tobogã do Pacaembu


Além da demolição no tobogã, as arquibancadas leste e oeste do estádio passarão por uma reforma completa. Nelas, serão construídas áreas internas tal como os espaços do Museu do Futebol. A concessionária criará, sob as arquibancadas, uma arena de eSports, 25 camarotes, novos banheiros e lanchonetes, além da reformulação da área de imprensa.

O projeto ainda prevê a restauração da fachada histórica do estádio e da arquibancada norte, bem como a recuperação das estruturas do clube poliesportivo.

Briga judicial

Uma disputa judicial antecedeu o início das obras da concessionária: em janeiro a Justiça havia suspendido a demolição no tobogã e posteriormente, no início de março, as liberou.

Sob o argumento de que a derrubada do setor feriria o patrimônio histórico da cidade, porém, uma liminar de 31 de março embargou o projeto e impediu o começo das obras até o último dia 16 de junho, quando uma nova decisão da Justiça permitiu as intervenções, que de fato tiveram o pontapé inicial duas semanas depois.

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