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Doria promete criminalizar deputados após invasão de hospital

Segundo o governador, condição de parlamentar não dá a direito a desrespeitar lei, ciência e medicina. "Mandato não significa impunidade"

São Paulo|Do R7

Doria promete criminalizar deputados que invadirem hospitais de SP
Doria promete criminalizar deputados que invadirem hospitais de SP

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (15), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, que parlamentares que tentaram invadir hospitais do Estado serão criminalizados pelos atos. 

"Há poucos dias condenamos o ato de alguns deputados estaduais que invadiram o hopital de campanha do Anhembi, administrado pela prefeitura de São Paulo", disse Doria. "O mau exemplo foi condenado por todos: parlamentares, integrantes do setor de saúde e demais pessoas da opinião pública. Lamentavelmente uma figura da República incitou outras invasões."

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"Invadir é crime, se houve qualquer outra tentativa de invasão a hospitais municipais ou estaduais sejam eles de campanha ou de outra natureza em São Paulo, a segurança pública saberá agir e faremos a criminalização desses autores, sejam parlamentares ou não", disse Doria.


"A condição de parlamentar não dá livre acesso e não dá a um parlamentar a condição de desrepeitar a lei, a ciência e a medicina. Um mandato não significa impunidade. Se voltarem a tentar invadir, receberão o tratamento adequado como invasores, inclusive criminalmente."

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A Prefeitura de São Paulo divulgou uma nota no dia 4 de junho em que afirmou que quatro deputados estaduais, acompanhados de seus assessores, invadiram o hospital de campanha do Anhembi, na zona norte da cidade.

Segundo a nota, os deputados "invadiram de maneira desrespeitosa, agredindo pacientes e funcionários verbal e moralmente, colocando em risco a própria saúde porque inicialmente não estavam usando EPI e a própria vida dos cidadãos que estão internados e em tratamento na unidade".


A prefeitura afirma ainda que os parlamentares gravaram pacientes sem autorização prévia, muitos dos quais estavam sendo higienizados em seus leitos e também gravaram uma ala do hospital que não estava em operação, portanto vazias, mas estruturadas para receber mais pacientes, caso necessário.

A nota não especifica quais os parlamentares que entraram no local, mas critica a ação e afirma que mantém transparência na gestão da unidade e que "reitera total repúdio a atitudes violentas e ações deliberadas para tentar enganar a opinião pública".

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