'Ela queria me matar', diz homem que foi perseguido e baleado por empresária em SP
A vítima recebeu um disparo em cada pé e um de raspão no cotovelo; ele teria invadido a casa da suspeita, e ela o confundiu com um ladrão
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

"Ela queria me matar, porque ela não é preparada para ter arma", afirmou o sapateiro de 40 anos que foi perseguido e baleado por Ângela Carla Gomes, de 34. O homem teria invadido a casa dela, segundo a própria empresária.
Já o sapateiro, que preferiu não se identificar, disse que procurava sua esposa pela localização do celular dela e que gritou no portão da casa, achando a mulher estaria lá.
O caso aconteceu na cidade de Franca, no interior de São Paulo, na noite de sábado (26). Imagens gravadas por câmera de segurança mostram o momento em que o homem é perseguido na rua.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
Ângela foi filmada ao dirigir uma caminhonete quando começa a seguir um homem. Em uma esquina, ela desce do carro e atira ao menos três vezes contra ele. O sapateiro recebeu um disparo em cada pé e um de raspão no cotovelo. Uma das balas continua alojada em um dos pés do homem.
Em entrevista à Record TV, a vítima disse que confundiu a casa da empresária com a da esposa, de quem está em processo de separação, mas, quando percebeu o engano, foi embora, momento em que foi perseguido.
Já a empresária conta que o homem entrou no imóvel.
Leia também
A polícia foi acionada e prendeu a mulher, que foi solta depois de uma audiência de custódia. Nas redes sociais, Ângela Carla exibe a arma que foi usada para atirar contra o homem.
A empresária alega ter registro de CAC (colecionador, atirador e caçador), mas, mesmo assim, responderá por porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal. Já o homem será investigado por violação.
Mulher carbonizada é mais uma vítima que tinha medida protetiva contra o ex; veja outros casos
A morte da jovem Débora Almeida (no alto à esquerda), que foi carbonizada na última terça-feira (11), em São Paulo, joga luz sobre a violência contra as mulheres e sobre o fato de ela acontecer em alguns casos com vítimas que estão sob medidas protetiv...
A morte da jovem Débora Almeida (no alto à esquerda), que foi carbonizada na última terça-feira (11), em São Paulo, joga luz sobre a violência contra as mulheres e sobre o fato de ela acontecer em alguns casos com vítimas que estão sob medidas protetivas — decisões judiciais que exigem que o potencial agressor mantenha distância, entre outras restrições. Apesar de esse instrumento ser considerado importante para salvar a vida de mulheres que se sentem ameaçadas, recentes assassinatos em que os ex-companheiros são apontados como responsáveis mostram que as precauções tomadas não foram suficientes. Veja alguns casos: