Estudo da Rede Nossa São Paulo aponta que sete em cada dez moradores da cidade de São Paulo não têm plano de saúde. O dado integra a pesquisa "Viver em São Paulo — Saúde e Educação", publicada na manhã desta terça-feira (25).
Para a pesquisa, os entrevistados também foram questionados sobre as principais vantagens de ter um plano de saúde privado. Para 57%, o principal benefício é a maior rapidez em realizar uma consulta ou um exame.
O coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão, explica a cidade de São Paulo segue próximo da média nacional de pessoas com plano de saúde. Ele acredita que "efetivamente, a mensagem é que o serviço público é quem ainda segura a onda da pandemia".
No recorte feito por região, a pesquisa indica que a zona leste paulista é a que mais usa o serviço público de saúde, já que 80% da população dessa área não possui plano de saúde. Abrahão explica que isso ocorre porque "é onde mora a população mais vulnerável e mais pobre, então nesse espaço a procura é ainda maior do que a média".
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Quando se trata de SUS (Sistema Único de Saúde), a pesquisa aponta que 53% das pessoas consideram que a principal qualidade é o fato de oferecer serviço de saúde gratuito. Para 65%, a demora para conseguir uma consulta com especialistas é o principal desafio dos serviços públicos de saúde.
Abrahão também ressalta que, neste momento de pandemia, "até quem tem serviço privado recorre ao serviço público". Ele destaca que a vacinação contra covid-19, oferecida pelo SUS, é um grande simbolo da importância do sistema de saúde pública no país.
Sobre a pesquisa
A pesquisa realizou 800 entrevistas online com moradores da cidade de São Paulo, com idades a partir de 16 anos, entre os dias entre os dias 12 e 29 de abril deste ano. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo a Rede Nossa São Paulo, 54% dos entrevistados são do sexo feminino. Com relação a idade, 16% tinha entre 16 e 24 anos, 18% com idade entre 25 e 34 anos, 19% de 35 a 44 anos, além de 17% de pessoas entre 45 e 54 anos e outros 29% dos entrevistados tinham 55 anos ou mais.
A maior parte (43%) tem a renda familiar de até dois salários mínimos. Os entrevistados com renda familiar superior a cinco salários mínimos correspondem a 19% do total, e 22% têm a renda de 2 a 5 salários mínimos. Outros 16% não responderam. O grau de escolaridade de 37% é o ensino médio, outros 35% com ensino superior, e 28% dos entrevistados disseram que cursaram somente o ensino fundamental.