Escolas privadas entram na Justiça por aulas presenciais em setembro
Sindicato questiona prefeitura também pelos critérios do Plano SP, que permite a volta às atividades presenciais em cidades na fase amarela há 28 dias
São Paulo|Letícia Dauer e Gilberto Gava, da Agência Record
O SIEEESP (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), que representa escolas particulares, entrou com uma ação judicial para garantir a retomada das aulas presenciais na cidade de São Paulo a partir de 8 de setembro.
Leia também
Veja também: Governo de SP adia a volta das aulas presenciais para 7 de outubro
A decisão de ir à Justiça foi tomada depois que o prefeito Bruno Covas anunciou o adiamento das atividades, levando em conta o resultado do inquérito sorológico para detectar a infeccção da covid-19 entre crianças da capital.
O relatório, divulgado na terça-feira (18), apontou que 64% dos estudantes entre 4 e 14 anos da rede municipal infectados pela covid-19 são assintomáticos. Logo, a volta às aulas poderia agravar a pandemia do novo coronavírus na cidade, já que as crianças são vetores assintomáticos.
O retorno em 8 de setembro seria voltado ao acolhimento, recuperação e reforço do ensino para os alunos. A retomada pode ocorrer em 7 de outubro, data que ainda é avaliada pela prefeitura e pelo governo estadual.
Leia também: Professores de SP são contra volta às aulas e ameaçam greve
Ao comentar o estudo, o presidente do SIEEESP, Benjamin Ribeiro da Silva, admitiu que não há "100% de garantia" de que não haverá contágio em escolas e defendeu a reabertura opcional como a melhor alternativa. "Hoje várias famílias precisam voltar trabalhar, deixam os filhos com tomadores de conta e mães crecheiras", disse.
Veja também: Governo de SP autoriza jornada de 8h para comércios da fase amarela
O sindicato questiona a prefeitura também pelos critérios do Plano São Paulo, do governo Doria, que permite a volta às atividades presenciais de reforços em cidades que estão na fase amarela há 28 dias. Representantes da categoria asseguram que a reabertura será feita de forma opcional e escalonada, e terá protocolos específicos para garantir a segurança dos alunos.