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"Escutei ele gritando por socorro", diz bombeiro que tentou resgate

Sargento Diego Pereira afirmou que "30, 40 segundos" impediram salvamento de homem preso em corda

São Paulo|Caio Sandin, do R7

Sargento Diego durante coletiva nesta tarde
Sargento Diego durante coletiva nesta tarde

Em entrevista na tarde desta terça (1º), o sargento Diego Pereira da Silva Santos contou em detalhes a tentativa de salvamento de uma vítima, registrada pelas câmeras de TV durante o incêndio no centro de São Paulo, poucos segundos antes da queda do edifício.

"Eu consegui escutar ele gritando por socorro", afirmou Diego. Seu primeiro contato visual com a vitima foi ao atingir o 15° andar do prédio vizinho. "Ele estava estabilizado, ele estava segurando no cabo de aço do para-raios, com a perna apoiada também."

Segundo ele, o rapaz aparentava ter entre 25 e 30 anos e possuía uma tatuagem na perna.

O jovem estava preso no cabo do para-raios quando o sargento chegou ao local com uma corda, além dos equipamentos que carregava anteriormente.


Ao prosseguir com o salvamento, o agente subiu mais alguns andares e utilizou um pequeno machado para quebrar a parede que separava os dois.

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Após ancorar na parte metálica uma base, a equipe tentou por tês vezes passar um tipo de cinta para que o rapaz pudesse se prender.

Segundo Diego, o rapaz conseguiu passar o cinto (veja o vídeo abaixo). Mas, segundo ele, "é que na hora que a gente estava terminando esta fase, o prédio acabou vindo abaixo". O sargento ainda se lamento. "Infelizmente, caíram 6 ou 7 andares sobre ele, tensionou a corda e a corda não aguentou". Tudo isso faltando "30 ou 40 segundo para a gente acabar o processo", segundo o bombeiro.


Durante todo o salvamento, o sargento conversou com a vitima e pedia que ele mantivesse a calma, que ele estava ali para resgatá-lo. "Ele estava bem calmo, parou de gritar, até."

"A gente fica chateado, queria ter tirado aquela pessoa de lá", disse o sargento sobre o sentimento geral da equipe. "A gente nunca descarta a possibilidade de estar vivo, a gente sempre considera que uma vítima tem chance", disse, encerrando a entrevista.

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