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Ex-modelo teria sido queimada e morta por esposa de traficante que estava com ciúme do marido

Micheli Andrade Ferraz acreditava que Aline conseguia drogas com o marido Paulo em troca de sexo e fez a emboscada

São Paulo|Do R7, com Record TV

Aline foi brutalmente assassinada na Grande SP
Aline foi brutalmente assassinada na Grande SP

Aline Laís Lopes, a ex-modelo de 35 anos, que foi brutalmente assassinada e teve o corpo incendiado, teria sido vítima de um ato de ciúmes de Micheli Andrade Ferraz, esposa do traficante Paulo Lamartine Pereira Alexandria. Ela acreditava que Aline estava tendo um caso com o seu marido. O crime ocorreu em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, na quarta-feira (22). 

De acordo com as investigações, Micheli teria encomendado a morte de Aline após descobrir que a ex-modelo conseguia drogas com Paulo em troca de sexo. O homem negou as acusações da esposa e disse que tudo não passava de uma invenção da mulher. 

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Familiares da vítima alegaram que ela, que trabalhou dez anos como modelo, era viciada em drogas havia pelo menos seis. A irmã mais velha, Sabrina Juliana Lopes, contou que Aline sustentava o vício pedindo esmolas e se prostituindo em uma região conhecida por Cotia Hall, uma espécie de "mini-Cracolândia" — local da emboscada para o qual a vítima foi atraída e onde foi assassinada.

Ex-modelo fazia tratamento

Em entrevista à Record TV, Sônia, mãe de Aline, contou que a filha fazia tratamento no Caps (Centros de Atenção Psicossocial) e que ela já tinha sido internada mais de uma vez, "só que fugia das clínicas", lamentou. 


Sabendo do vício da filha, a mãe estava acostumada com os desaparecimentos dela. "É comum ela passar uns dias longe, fora de casa. Mas ela sempre voltava para tomar banho e ver o filho", disse Sônia.

Dessa vez, mesmo com quatro dias sem dar notícias, a família tinha esperanças de que ela retornaria para casa. No entanto, o corpo de Aline foi encontrado carbonizado embaixo de uma passarela no quilômetro 32 da rodovia Raposo Tavares, em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, no sábado (25).


Sônia recebeu a notícia da morte da filha por meio de uma ligação feita por um amigo da vítima. "Fizeram maldade com a Aline, ele disse. Eu não aguentei falar mais. Passei para o meu companheiro. Ele atendeu o resto da ligação e foi lá ver o que aconteceu", contou a mãe.

Emboscada

Na quarta-feira (22), Aline foi atraída para Cotia Hall, uma antiga casa de shows onde ela sustentava o vício, por uma travesti conhecida pelo nome de Júlia, a pedido da mandante do crime, Micheli Andrade Ferraz. 


Motivada por ciúme, a autora arquitetou uma emboscada para a ex-modelo por acreditar que ela estava conseguindo drogas em troca de sexo com o marido dela, Paulo Lamartine Pereira Alexandria, com quem tem dois filhos.

Aline foi morta em Cotia Hall, antiga boate e ponto conhecido como "mini-cracolândia" em Cotia, na Grande SP
Aline foi morta em Cotia Hall, antiga boate e ponto conhecido como "mini-cracolândia" em Cotia, na Grande SP

Assim que Júlia e Aline chegaram ao local combinado, Micheli apareceu, colocou uma corda no pescoço da vítima e a puxou para trás até que ela parasse de respirar. A travesti segurou os braços da modelo enquanto isso.

Em seguida, um sofá foi jogado sobre a Aline e incendiado. O que restou do corpo ainda foi colocado em um carrinho de supermercado por Igor Santos de Moraes, contratado por R$ 50 para transportar o corpo até a passarela da rodovia Raposo Tavares, em Cotia.

O caso é investigado pela Delegacia Central de Cotia, que pediu a prisão temporária de Micheli, Paulo, Júlia e Igor ao Tribunal de Justiça de São Paulo.

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