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Família denuncia prisão injusta de entregador de pizza em SP

Defesa do acusado alega que possuir vídeos que comprovam que ele estava na pizzaria minutos antes do crime ocorrer

São Paulo|Aline Freitas, da Agência Record*

Gabriel é casado e tem uma filha de 2 anos
Gabriel é casado e tem uma filha de 2 anos Gabriel é casado e tem uma filha de 2 anos

A família de Gabriel Assunção de Freitas, acusado de participar de um roubo no Parque Santo Antônio, em São Paulo (SP), na madrugada da sexta-feira (4), denuncia a prisão considerada injusta do entregador de pizza.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, a policial militar Tenente Amanda flagrou seis homens assaltando quatro pessoas. Eles utilizavam três motocicletas, e, após a ação, se dispersaram.

Durante a fuga, um dos homens deixou cair uma mochila de entrega de cor verde. Nela, havia uma máquina de cartão.

Enquanto realizava as buscas pelos suspeitos, o PM Luiz Henrique encontrou uma moto ocupada por dois homens, cujas descrições se assemelhavam aquelas informadas ao Copom (Centro de Operações da Polícia Militar).

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Ao perceberem a aproximação do agente, os dois homens deixaram o local novamente. Durante a perseguição, um deles caiu do veículo e largou uma arma na rua. Ele, então, conseguiu subir novamente na moto e fugir no sentido da Estrada de Itapecerica. O revólver foi apreendido.

Posteriormente, o policial condutor, Lucas Pereira dos Santos, encontrou uma motocicleta deixada na rua Manuel Bordalo Pinheiro. Ao checar a temperatura do escapamento, ele concluiu que o veículo havia sido desligado há pouco. Além da moto, também foram encontrados um capacete e uma mochila de entrega preta.

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Um vídeo que a reportagem teve acesso exibe o momento em que os policiais encontram e mexem nos itens encontrados.

A moto era de Gabriel, que estava no local e foi abordado pelo policial. Apesar de nada ter sido encontrado durante a revista, o homem ainda foi levado à delegacia. No 11º Distrito Policial, onde o caso foi registrado, Gabriel e os pertences encontrados com ele passaram pelo reconhecimento das vítimas.

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Edivaldo Alves da Luz, de 37 anos, reconheceu a mochila e o capacete do homem como os mesmos utilizados pelos criminosos. Porém, não reconheceu Gabriel como o autor do crime.

Assim como Edivaldo, José Anderson Sousa Santos, de 20 anos, também não reconheceu o homem, mas identificou os pertences.

Já Alexandre Cardoso da Costa, de 35 anos, e Maria Santa Silva Ribeiro, de 43 anos, afirmaram terem reconhecido tanto Gabriel como o capacete e a bag de entrega.

Em depoimento, o suspeito informou que voltada de uma jornada de trabalho como entregador de pizza na pizzaria Ritmo de Pizza, quando estacionou a moto para fumar um cigarro de maconha. Após fumar, ele viu uma viatura parada no local e pessoas correndo, ato que foi repetido por ele.

Foi nesse momento que ele teria avistado os agentes mexendo na sua mochila de entrega e questionado a ação. Então, o homem foi levado à delegacia. Ele negou ter participado do crime.

Imagens obtidas pela reportagem mostram o momento da abordagem policial: o autor das imagens e as pessoas que estão na rua gritam para Gabriel não reagir à ação, e são dispersados com spray de pimenta pelos policiais militares.

Eles dizem, ainda nas filmagens, que Gabriel é inocente, trabalhador e que acabou de voltar da pizzaria.

Após a apresentação das evidências e depoimentos das vítimas, testemunhas e acusado, o delegado Rodrigo Mazzetto Hessel assinou o auto da prisão em flagrante.

Família tenta tirar filho da prisão

Gabriel é casado e tem uma filha de 2 anos. A reportagem teve acesso a partes da conversa do homem com sua esposa, que mostram que ele estava a caminho do hospital onde a mulher se encontrava. Por volta de 1h30, horário próximo ao acontecido, Gabriel parou de responder.

A família de Gabriel contratou um advogado que entrou com uma petição contra a prisão em flagrante.

No documento, os profissionais argumentam que Gabriel possui residência fixa, além de uma declaração de trabalho da pizzaria e vídeos que comprovam que ele estava no estabelecimento minutos antes do crime.

Apesar da ação, Gabriel continua detido. A mãe do rapaz contou que começou um movimento nas redes sociais pedindo o apoio da população.

*Estagiária, sob supervisão de Edilson Muniz

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