Familiares farão parte de comissão sobre mortes em Baile da 17
Representantes de cada uma das famílias impactadas pela tragédia em Paraisópolis se reunirão com o governador João Doria na próxima segunda (9)
São Paulo|Gabriel Croquer*, do R7
Uma comissão externa acompanhará as investigações sobre a tragédia que matou nove jovens dentro de um baile funk em Paraisópolis, comunidade de São Paulo, durante a ação de policiais militares. O grupo é formado por familiares de cada uma das vítimas e líderes comunitários, com o auxílio da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) e do Condepe-SP (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).
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Na próxima segunda-feira (9), a comissão se reunirá com o Governador João Doria, desta vez, com representantes da família de todas as vítimas. Doria já recebeu um grupo nesta quarta-feira (4), depois de um protesto de moradores de Paraisópolis que saiu da comunidade em direção ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
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Além de acompanhar as apurações sobre as mortes, a comissão também quer promover atividades culturais em Paraisópolis. Gilson Rodrigues, líder comunitário na região, afirmou que uma das prioridades do grupo era ser recebido pelo governador, para que fosse "prestada a solideriedade pessoalmente, e que houvesse compromisso na apuração dos fatos".
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A partir do próximo encontro, na segunda-feira, a representação pretende criar uma agenda positiva, para beneficiar jovens da região na área cultural, com outras pautas que também envolvam os bailes funk, disse Rodrigues. Além disso, o grupo trará uma série de reivindicações relacionadas à saúde, educação e empregabilidade na comunidade de Paraisópolis.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas