Famílias desabrigadas vão ser distribuídas entre 107 albergues
Ao todo, 118 famílias foram cadastradas pela Prefeitura como desabrigadas, num total de 320 pessoas que precisarão de auxílio
São Paulo|Gabriela Lisbôa, Do R7
As famílias que moravam no prédio que pegou fogo e desabou durante a madrugada desta terça-feira (1), no centro de São Paulo, devem ser, a partir de agora, distribuídas entre 107 albergues da prefeitura.
De acordo com o prefeito Bruno Covas, elas devem ficar nestes locais até que comecem a receber o auxílio moradia que é de R$ 1.200,00 no primeiro mês e R$ 400 nos meses seguintes.
As famílias desabrigadas foram cadastradas nesta terça pela secretaria de Habitação. A lista tem um total de 118 famílias, 320 pessoas.
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Esta lista vai ser comparada com um outro cadastro feito pela prefeitura há dois meses. Apenas as famílias que estão nos dois cadastros vão receber o auxílio.
"A gente espera nas próximas 48 horas já disponibilizar esta lista para o governo do estado, porque é isso que permite que eles passem a receber o auxílio aluguel", afirmou o prefeito.
Uma solução definitiva para estas famílias vai ser discutida entre a Secretaria de Habitação e o Governo Federal e deve ser divulgada em 30 dias.
Negociação com famílias começou em 2017
O prédio tem arquitetura com características comerciais - é dividido em salas.
Em 2017, com a intenção de usar a estrutura para divisões administrativas, a prefeitura iniciou um processo de negociação com as famílias que ocupavam o lugar. Essa negociação foi intermediada pelo grupo de mediação de conflito.
Em um primeiro momento, de acordo com o secretário de Habitação, existiu uma residência por parte dos moradores para que os representantes da prefeitura pudessem entrar no prédio.
"Esta resistência foi vencida, nós conseguimos acessar o prédio, fazer um pré-cadastro", explicou chucre.
As famílias foram incluídas na fila por uma unidade habitacional, mas as negociações para que deixassem o prédio não avançaram.
"Infelizmente, nos chegamos em um dia tão triste como hoje, sem ter tido sucesso, com a destruição de vários sonhos de várias famílias", disse Robson Tuma, superintendente do patrimônio da União.