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Fotógrafo é atingido por bala de borracha em manifestação em SP

Nas redes sociais, ele afirma que tentou conversar com os comandantes da PM para explicar que cobria o protesto, mas não obteve resposta da polícia

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

PM teria usado tiros de borracha e bombas de gás contra manifestantes
PM teria usado tiros de borracha e bombas de gás contra manifestantes

O fotojornalista Daniel Arroyo, da Ponte Jornalismo, foi atingido no joelho por tiro de bala de borracha durante a manifestação contra o aumento do preço da passagem no transpote público de São Paulo. O protesto, que ocorreu na Praça do Ciclista, no centro da cidade, teve início às 17h da quarta-feira (16) e foi marcado por confrontos entre manifestantes e policiais.

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Nas imagens divulgadas após o ato, é possível ver que o fotógrafo pede ajuda à Polícia Militar e nenhum policial responde ao profissional. Por meio de suas redes sociais, o fotógrafo relatou como ocorreu o disparo. "O ato estava preparado, todos estavam fazendo um jogral na Praça do Ciclista e tinha uma linha de PMs impedindo a passagem do ato", afirmou. 

Ele disse também que os policiais militares estavam protegidos por roupas próprias e capacetes. "Foram buscar um manifestante no meio do jogral. Teve uma confusão. Algumas pessoas correram, outras foram interpelar a PM para saber o que estava acontecendo." 


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Nesse momento, um manifestante, segundo o fotógrafo, foi arrastado pela polícia militar. "Fui lá fazer a foto. Estava a dois metros do que estava acontecendo", relatou. "Outro manifestante chegou e tentou arrancar ele do PM, quando a polícia deu um tiro de borracha. Depois, a PM deu um segundo tiro e me acertou."


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"Tomei um tiro e não entendi direito o que aconteceu. Vi um buraco chamuscado na minha calça e percebi que não ia dar para continuar a cobertura. Fui conversar com os comandantes para explicar que estava com crachá, óculos e capacete e assim fica difícil trabalhar", afirma. Segundo as imagens, Arroyo não obteve retorno dos policiais. 

A Secretaria de Segurança Pública afirmou, por meio de nota, que "a Polícia Militar agiu para garantir a segurança de todos durante manifestação realizada na tarde desta quarta-feira (16)." A pasta afirmou ainda que "as abordagens e técnicas policiais utilizadas seguiram os protocolos internacionais para o controle de multidões."


De acordo com a secretaria, um casal resistiu a abordagem policial durante o ato. "Com eles foram encontradas bombas caseiras, um coquetel molotov, uma garrafa de vidro e pedras. A dupla foi encaminhada ao 2º DP, onde a ocorrência foi registrada. Outras sete pessoas foram detidas na mesma delegacia por desobediência e um grupo de cinco pessoas foi encaminhado ao 78º DP por posse de artefato explosivo ou incendiário."

"Em relação às denúncias contra a ação dos PMs, policiais do batalhão da área foram até o local da manifestação para colher depoimentos e adotar as providências necessárias ao esclarecimento do caso", declarou a pasta. 

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