Araçatuba (SP) tem noite de terror após assalto a banco com reféns

Assaltantes usaram moradores como escudos humanos; três pessoas morreram após a ação violenta

São Paulo|Do R7

30/08/2021 - 08h11 (Atualizado em 19/04/2024 - 07h32)

Refém foi colocado no teto de carro pelos bandidos em Araçatuba

Os criminosos destruíram as agências para praticar os roubos utilizando explosivos. A ação começou por volta de meia-noite

Explosivos foram espalhados em pelo menos 14 pontos da cidade e podiam ser acionados remotamente. Uma pessoa ficou ferida após a explosão de um deles

A polícia confirmou que três pessoas morreram após a ação violenta da madrugada desta segunda na cidade do interior de São Paulo

Uma das vítimas tentou filmar a ação dos criminosos e foi morta. A outra morreu em confronto com a polícia na área rural e a terceira ainda não se sabe se é era morador ou integrante do grupo

Para impedir a aproximação da polícia, veículos foram incendiados pelos criminosos em vias como a rodovia Marechal Rondon

Pelas redes sociais, moradores da região relataram as horas de terror. Quem passava pelo local no momento do assalto foi feito refém

Mais de 50 homens participaram de ao menos cinco ataques a agências bancárias na cidade

O grupo tinha uma caminhonete carregada com explosivos e espalhou as dinamites e granadas pela cidade para impedir a aproximação da polícia e moradores

Em veículos abandonados na ação, a polícia encontrou objetos dos criminosos e notas de dinheiro

Veículos de luxo e blindados foram usados na ação e agora serão periciados à procura de digitais dos envolvidos

Imóveis da região apresentam marcas dos disparos de fuzil, usados pelo grupo nos ataques

Ataques a instituições bancárias e empresas de segurança especializadas em transporte e guarda de valores de todo o Brasil geraram, em sete anos, um prejuízo de R$ 424.262.887,00. A modalidade criminal, denominada "domínio de cidades", vem colocando em xeque a eficiência da segurança pública em diferentes municípios do país. Mais bem equipados e organizados do que para roubos ocasionais, grupos com 15 a 30 pessoas conseguem aterrorizar cidades inteiras e controlar pontos estratégicos delas. Fortemente armados com fuzis, metralhadoras e explosivos, eles chegam a usar civis como escudos humanos para inviabilizar a ação da polícia

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