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Cracolândia

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Prefeitura adianta ação e começa retirada de barracos na Cracolândia

Na tarde desta terça-feira (14), alguns moradores da região já estavam alojados em hotéis

São Paulo|Do R7

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Funcionários da Prefeitura de São Paulo, agentes sociais e guardas civis começaram, nesta terça-feira (14), a remoção dos barracos montados na rua Helvetia, alameda Dino Bueno e entorno, na região conhecida como Cracolândia, no centro da capital
Após o início do programa, a favela começou a ser removida
Segundo o prefeito Fernando Haddad, a ação que envolve seis secretarias, poderá enfrentar problemas no início  — Não sei quais problemas vão advir dessa iniciativa, mas eles ocorrerão e nós faremos um acompanhamento fino, um monitoramento diário para ir cobrindo as eventuais deficiências dessa iniciativa inédita. Nós vamos apreender com ela. Ela não vai nascer perfeita.
Quatro hotéis na região vão abrigar 300 pessoas. Elas mesmas ajudaram a desmontar os barracos. O secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto, afirma que o objetivo é, justamente, deixá-los naquela região.  — Não é uma ação higienista, é uma ação inclusiva. Há uma preocupação muito grande nossa para que essas pessoas continuem a frequentar aquele espaço. Elas vão poder circular por lá. A ação da Guarda [Civil Metropolitana] é impedir novos barracos
Cada um que aderir ao programa vai receber um salário mínimo e meio (R$ 1.086). Desse valor, será descontada a moradia e a alimentação. O restante, R$ 15 por dia trabalhado, o integrante vai ganhar semanalmente 
Luciana Temer ainda ressaltou que o usuário largar as drogas não é um pré-requisito para ele ser aceito. Ela admite que pode haver casos em que as pessoas voltem a consumir crack, mas que elas terão apoio e, se precisarem, poderão ser encaminhadas a tratamento, sem sair do programa
Os inscritos no programa serão acompanhados por integrantes da ONG Brasil Gigante e também por assistentes sociais e agentes de saúde. Os secretários ressaltam que cada caso será analisado individualmente e que desligamentos serão permitidos, assim como a prefeitura também poderá retirar quem não estiver interessado
A ação municipal acontece dois anos após a operação policial na Cracolândia que causou polêmica. Na época, o governo reforçou o efetivo no local para prender traficantes de drogas. Além disso, agentes da saúde avaliavam casos de usuários e a Justiça definia se havia necessidade de internação compulsória
O prefeito Fernando Haddad argumentou que a prefeitura ficou seis meses estudando a questão e que recebeu representantes daquela comunidade. — Vamos aprender com o que aconteceu no passado, não vamos repetir os mesmos erros. A violência ali só vai piorar a situação. Mais de 70% das pessoas dali são egressas do sistema prisional, já cumpriram pena e não resolveu o problema. O que aquelas pessoas querem é uma oportunidade para saírem do vício e para terem uma nova chance

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Funcionários da Prefeitura de São Paulo, agentes sociais e guardas civis começaram, nesta terça-feira (14), a remoção dos barracos montados na rua Helvetia, alameda Dino Bueno e entorno, na região conhecida como Cracolândia, no centro da capital
Após o início do programa, a favela começou a ser removida
Segundo o prefeito Fernando Haddad, a ação que envolve seis secretarias, poderá enfrentar problemas no início  — Não sei quais problemas vão advir dessa iniciativa, mas eles ocorrerão e nós faremos um acompanhamento fino, um monitoramento diário para ir cobrindo as eventuais deficiências dessa iniciativa inédita. Nós vamos apreender com ela. Ela não vai nascer perfeita.
Quatro hotéis na região vão abrigar 300 pessoas. Elas mesmas ajudaram a desmontar os barracos. O secretário de Segurança Urbana, Roberto Porto, afirma que o objetivo é, justamente, deixá-los naquela região.  — Não é uma ação higienista, é uma ação inclusiva. Há uma preocupação muito grande nossa para que essas pessoas continuem a frequentar aquele espaço. Elas vão poder circular por lá. A ação da Guarda [Civil Metropolitana] é impedir novos barracos
Cada um que aderir ao programa vai receber um salário mínimo e meio (R$ 1.086). Desse valor, será descontada a moradia e a alimentação. O restante, R$ 15 por dia trabalhado, o integrante vai ganhar semanalmente 
Luciana Temer ainda ressaltou que o usuário largar as drogas não é um pré-requisito para ele ser aceito. Ela admite que pode haver casos em que as pessoas voltem a consumir crack, mas que elas terão apoio e, se precisarem, poderão ser encaminhadas a tratamento, sem sair do programa
Os inscritos no programa serão acompanhados por integrantes da ONG Brasil Gigante e também por assistentes sociais e agentes de saúde. Os secretários ressaltam que cada caso será analisado individualmente e que desligamentos serão permitidos, assim como a prefeitura também poderá retirar quem não estiver interessado
A ação municipal acontece dois anos após a operação policial na Cracolândia que causou polêmica. Na época, o governo reforçou o efetivo no local para prender traficantes de drogas. Além disso, agentes da saúde avaliavam casos de usuários e a Justiça definia se havia necessidade de internação compulsória
O prefeito Fernando Haddad argumentou que a prefeitura ficou seis meses estudando a questão e que recebeu representantes daquela comunidade. — Vamos aprender com o que aconteceu no passado, não vamos repetir os mesmos erros. A violência ali só vai piorar a situação. Mais de 70% das pessoas dali são egressas do sistema prisional, já cumpriram pena e não resolveu o problema. O que aquelas pessoas querem é uma oportunidade para saírem do vício e para terem uma nova chance

Funcionários da Prefeitura de São Paulo, agentes sociais e guardas civis começaram, nesta terça-feira (14), a remoção dos barracos montados na rua Helvetia, alameda Dino Bueno e entorno, na região conhecida como Cracolândia, no centro da capital

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