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Superlotação no transporte de SP: 'Governo tinha que ceder máscaras'

Estado vive, nesta quarta-feira (14), 3º dia da fase vermelha do plano de flexibilização com passageiros expostos à riscos

São Paulo|Do R7

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O Estado de São Paulo vive, nesta quarta-feira (14), o terceiro dia da fase vermelha do plano de flexibilização econômica com superlotação no transporte público e passageiros expostos à riscos de contaminação pelo coronavírus
No período da manhã desta quarta-feira (14), a estação Barra Funda estava com movimentação intensa de passageiros. Os trens da CPTM, que chegavam da Linha 7 - Rubi, eram os que chegavam mais carregados de usuários
O zelador, Laerte José Oliveira, de 44 anos, avaliou o transporte público em São Paulo como "péssimo" em razão da pandemia. "O governo estadual está matando o trabalhador e os empresários. Quem trabalha não consegue se manter com o auxílio, os micro empresários estão falindo. Sou pró-trabalho, o pior da pandemia vai ser o desemprego e a fome"
As superlotações, observadas até na etapa emergencial do protocolo do governo estadual, atingiram, de modo geral, uma população com idade economicamente ativa e que recebe, em média, dois salários mínimos
Os passageiros do Metrô de São Paulo, segundo pesquisa de 2018 – a mais recente da companhia –, são pessoas com renda mensal de R$ 2.003 (à época, equivalente a pouco mais de dois salários), em média, e faixa etária de 18 a 34 anos (58%)
A idade é similar à identificada por uma pesquisa realizada pela CPTM com seus passageiros em novembro de 2020, com 51,9% dos usuários nesta faixa. Pessoas com 35 a 54 anos formam mais 37,3% dos passageiros da companhia paulista, que não disponibiliza dados de renda
Os dois relatórios também apontam maioria feminina entre os usuários: as mulheres são, respectivamente, 57% e 55,6% dos passageiros do Metrô e da CPTM
A analista de comunicação Bruna Moraes, 27 anos, faz diariamente o trajeto da zona Leste até a estação Berrini. "Para mim, está do mesmo jeito. Falta empatia do governo e das empresas, mas entendo que as pessoas precisam trabalhar", diz. "Poderia estar fazendo home office, mas a empresa pede pra irmos. Esse revezamento, não aglomera dentro da empresa, mas estou aglomerando fora."
A jovem Rafaela Moura, 23 anos, saiu de casa para fazer exame de admissão para começar a trabalhar na recepção de um hospital. "Deveria ser mais eficiente, eu sei que tentam, mas dessa forma não dá. Essas medidas tinham que ser lá atrás", diz. Em relação à máscara N95, Rafaela diz que o equipamento de proteção não é de fácil acesso. "Já tive porque trabalhava em hospital, tinha que ser distribuído pelo SUS, pelo tanto de impostos que pagamos."
A atendente Vânia Alves, de 30 anos, vive em Pirituba, na zona norte da capital paulista, e defende que as pessoas tenham condições de segurança para trabalhar. "Abertura tem que ser essencial, as pessoas precisam trabalhar, não concordo com as coisas continuarem fechadas", diz. "O transporte só piora. O governo tinha que ceder máscaras, tem muitas pessoas que não tem condições de comprar, moradores de rua", afirma a passageira 
Utilizar o transporte coletivo em meio a um período de pandemia é o desafio de ao menos quatro milhões de pessoas por dia em São Paulo, segundo dados do governo. Findada a fase emergencial, com a tendência de mais aglomerações nos trens e ônibus, a situação, segundo relatos dos usuários, é assustadora.
Após o desembarque das composições, passageiros enfrentam problemas para acessar as saídas das estações, com o afunilamento das passagens, gerando mais aglomeração
Nas plataformas, os passageiros tentam manter, quando possível, uma distância segura entre as pessoas que pretendem embarcar nos vagões 
Mas não há sinalização de distanciamento no solo e os passageiros acabam por ficar próximos uns aos outros nas áreas de embarque das plataformas  
A mesma situação de aglomeração é verificada na entrada e saída de passageiros das composições paradas nas plataformas
Mas depois que é feito o desembarque, fica muito difícil manter o distanciamento social nas escadas da estação 
O uso de máscara é obrigatório e a medida é respeitada pelos usuários do transporte público de São Paulo
As estações não têm tótens com a disponibilização de álcool em gel gratuito aos usuários. Há apenas avisos sobre o uso obrigatório de máscaras ao utilizar o transporte público
Nos terminais de ônibus da região central de São Paulo, os passageiros esperam em filas para embarque nos coletivos e a movimentação é intensa nos horários de pico  
Motoristas e cobradores estão em campanha pela vacinação da categoria contra a covid-19 e afirmam que também estão expostos ao coronavírus diariamente nas viagens de ônibus 
Na saída da estação Anhangabaú do Metrô e acesso ao terminal Bandeira, no centro, camelôs vendem os produtos na rua, apesar das restrições ao comércio impostas em meio à pandemia

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O Estado de São Paulo vive, nesta quarta-feira (14), o terceiro dia da fase vermelha do plano de flexibilização econômica com superlotação no transporte público e passageiros expostos à riscos de contaminação pelo coronavírus
No período da manhã desta quarta-feira (14), a estação Barra Funda estava com movimentação intensa de passageiros. Os trens da CPTM, que chegavam da Linha 7 - Rubi, eram os que chegavam mais carregados de usuários
O zelador, Laerte José Oliveira, de 44 anos, avaliou o transporte público em São Paulo como "péssimo" em razão da pandemia. "O governo estadual está matando o trabalhador e os empresários. Quem trabalha não consegue se manter com o auxílio, os micro empresários estão falindo. Sou pró-trabalho, o pior da pandemia vai ser o desemprego e a fome"
As superlotações, observadas até na etapa emergencial do protocolo do governo estadual, atingiram, de modo geral, uma população com idade economicamente ativa e que recebe, em média, dois salários mínimos
Os passageiros do Metrô de São Paulo, segundo pesquisa de 2018 – a mais recente da companhia –, são pessoas com renda mensal de R$ 2.003 (à época, equivalente a pouco mais de dois salários), em média, e faixa etária de 18 a 34 anos (58%)
A idade é similar à identificada por uma pesquisa realizada pela CPTM com seus passageiros em novembro de 2020, com 51,9% dos usuários nesta faixa. Pessoas com 35 a 54 anos formam mais 37,3% dos passageiros da companhia paulista, que não disponibiliza dados de renda
Os dois relatórios também apontam maioria feminina entre os usuários: as mulheres são, respectivamente, 57% e 55,6% dos passageiros do Metrô e da CPTM
A analista de comunicação Bruna Moraes, 27 anos, faz diariamente o trajeto da zona Leste até a estação Berrini. "Para mim, está do mesmo jeito. Falta empatia do governo e das empresas, mas entendo que as pessoas precisam trabalhar", diz. "Poderia estar fazendo home office, mas a empresa pede pra irmos. Esse revezamento, não aglomera dentro da empresa, mas estou aglomerando fora."
A jovem Rafaela Moura, 23 anos, saiu de casa para fazer exame de admissão para começar a trabalhar na recepção de um hospital. "Deveria ser mais eficiente, eu sei que tentam, mas dessa forma não dá. Essas medidas tinham que ser lá atrás", diz. Em relação à máscara N95, Rafaela diz que o equipamento de proteção não é de fácil acesso. "Já tive porque trabalhava em hospital, tinha que ser distribuído pelo SUS, pelo tanto de impostos que pagamos."
A atendente Vânia Alves, de 30 anos, vive em Pirituba, na zona norte da capital paulista, e defende que as pessoas tenham condições de segurança para trabalhar. "Abertura tem que ser essencial, as pessoas precisam trabalhar, não concordo com as coisas continuarem fechadas", diz. "O transporte só piora. O governo tinha que ceder máscaras, tem muitas pessoas que não tem condições de comprar, moradores de rua", afirma a passageira 
Utilizar o transporte coletivo em meio a um período de pandemia é o desafio de ao menos quatro milhões de pessoas por dia em São Paulo, segundo dados do governo. Findada a fase emergencial, com a tendência de mais aglomerações nos trens e ônibus, a situação, segundo relatos dos usuários, é assustadora.
Após o desembarque das composições, passageiros enfrentam problemas para acessar as saídas das estações, com o afunilamento das passagens, gerando mais aglomeração
Nas plataformas, os passageiros tentam manter, quando possível, uma distância segura entre as pessoas que pretendem embarcar nos vagões 
Mas não há sinalização de distanciamento no solo e os passageiros acabam por ficar próximos uns aos outros nas áreas de embarque das plataformas  
A mesma situação de aglomeração é verificada na entrada e saída de passageiros das composições paradas nas plataformas
Mas depois que é feito o desembarque, fica muito difícil manter o distanciamento social nas escadas da estação 
O uso de máscara é obrigatório e a medida é respeitada pelos usuários do transporte público de São Paulo
As estações não têm tótens com a disponibilização de álcool em gel gratuito aos usuários. Há apenas avisos sobre o uso obrigatório de máscaras ao utilizar o transporte público
Nos terminais de ônibus da região central de São Paulo, os passageiros esperam em filas para embarque nos coletivos e a movimentação é intensa nos horários de pico  
Motoristas e cobradores estão em campanha pela vacinação da categoria contra a covid-19 e afirmam que também estão expostos ao coronavírus diariamente nas viagens de ônibus 
Na saída da estação Anhangabaú do Metrô e acesso ao terminal Bandeira, no centro, camelôs vendem os produtos na rua, apesar das restrições ao comércio impostas em meio à pandemia

O Estado de São Paulo vive, nesta quarta-feira (14), o terceiro dia da fase vermelha do plano de flexibilização econômica com superlotação no transporte público e passageiros expostos à riscos de contaminação pelo coronavírus

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