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Tortura e maus-tratos: relembre o caso das donas de escola acusadas de amarrar crianças de SP

Polícia recebeu mais de 20 denúncias de crianças e bebês que voltavam para casa com hematomas; proprietárias estão presas

São Paulo|Do R7

14/10/2022 - 10h08 (Atualizado em 19/04/2024 - 07h15)

Na última quinta-feira (13), a Justiça ouviu as testemunhas do caso da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo. As donas da escola e uma funcionária são acusadas de agressão e tortura às crianças e aos bebês que ficavam sob seus cuidados. A escola segue fechada após os primeiros relatos dos pais das vítimas. Em meados de março deste ano, a unidade começou a ser investigada pela Polícia Civil após a divulgação de um vídeo no qual quatro bebês aparecem presos com lençóis, chorando. As crianças estavam no banheiro da unidade escolar, duas delas amarradas embaixo da pia — Na última quinta-feira (13), a Justiça ouviu as testemunhas do caso da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo. As donas da escola e uma funcionária são acusadas de agressão e tortura às crianças e aos bebês que ficavam s... Na última quinta-feira (13), a Justiça ouviu as testemunhas do caso da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo. As donas da escola e uma funcionária são acusadas de agressão e tortura às crianças e aos bebês que ficavam sob seus cuidados. A escola segue fechada após os primeiros relatos dos pais das vítimas. Em meados de março deste ano, a unidade começou a ser investigada pela Polícia Civil após a divulgação de um vídeo no qual quatro bebês aparecem presos com lençóis, chorando. As crianças estavam no banheiro da unidade escolar, duas delas amarradas embaixo da pia Reprodução/Record TV/Edu Garcia

Após o compartilhamento do vídeo entre os pais e responsáveis das crianças que estudavam lá, houve uma manifestação em frente à escola, no dia 15 de março. Os pais foram até lá com cartazes e gritavam por justiça — Após o compartilhamento do vídeo entre os pais e responsáveis das crianças que estudavam lá, houve uma manifestação em frente à escola, no dia 15 de março. Os pais foram até lá com cartazes e gritavam por justiça Após o compartilhamento do vídeo entre os pais e responsáveis das crianças que estudavam lá, houve uma manifestação em frente à escola, no dia 15 de março. Os pais foram até lá com cartazes e gritavam por justiça Reprodução/Record TV

São Paulo, SP - 01.04.2022 - Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa, Roberta Serme, diretora da escola é acusada de maus-tratos, suspeita de crimes de tortura, periclitação de vida, submissão a vexame e associação criminosa. Foto Edu Garcia/R7 — Na sequência, a Polícia Civil recolheu os lençóis usados para amarrar os bebês, bem como o celular da dona da unidade. No dia 17 do mesmo mês, mais 20 mães foram ouvidas na delegacia, e falaram que os filhos tinham um comportamento estranho sempre que ... Na sequência, a Polícia Civil recolheu os lençóis usados para amarrar os bebês, bem como o celular da dona da unidade. No dia 17 do mesmo mês, mais 20 mães foram ouvidas na delegacia, e falaram que os filhos tinham um comportamento estranho sempre que iam para a escola, além de alguns terem chegado em casa com hematomas. Desde o início das investigações, a unidade escolar ficou fechada Edu Garcia/R7 - 01.04.2022

Em 2014, antes das denúncias terem ganho repercussão, uma mãe tirou o filho da escola Colmeia Mágica depois de perceber alguns hematomas no corpo da criança. "Meu filho ficava muito retraído quando eu ia deixá-lo. Ele se agarrava com toda a força em mim, não queria ficar de jeito nenhum, chorava bastante. Tinha vezes que chegava em casa com hematomas", contou a mulher — Em 2014, antes das denúncias terem ganho repercussão, uma mãe tirou o filho da escola Colmeia Mágica depois de perceber alguns hematomas no corpo da criança. "Meu filho ficava muito retraído quando eu ia deixá-lo. Ele se agarrava com toda a força em mi... Em 2014, antes das denúncias terem ganho repercussão, uma mãe tirou o filho da escola Colmeia Mágica depois de perceber alguns hematomas no corpo da criança. "Meu filho ficava muito retraído quando eu ia deixá-lo. Ele se agarrava com toda a força em mim, não queria ficar de jeito nenhum, chorava bastante. Tinha vezes que chegava em casa com hematomas", contou a mulher Reprodução/ Record TV

São Paulo, SP - 01.04.2022 - Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa, Roberta Serme, diretora da escola é acusada de maus-tratos, suspeita de crimes de tortura, periclitação de vida, submissão a vexame e associação criminosa. Foto Edu Garcia/R7 — As representantes da escola confirmaram que os vídeos haviam sido gravados nas dependências da unidade; entretanto, afirmaram que o material teria sido forjado para prejudicar a instituição As representantes da escola confirmaram que os vídeos haviam sido gravados nas dependências da unidade; entretanto, afirmaram que o material teria sido forjado para prejudicar a instituição Edu Garcia/R7 - 01.04.2022

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Durante a perícia no celular da dona e diretora da escola, a polícia também encontrou fotos de um bebê, amarrado na cadeirinha e sujo de fezes — Durante a perícia no celular da dona e diretora da escola, a polícia também encontrou fotos de um bebê, amarrado na cadeirinha e sujo de fezes Durante a perícia no celular da dona e diretora da escola, a polícia também encontrou fotos de um bebê, amarrado na cadeirinha e sujo de fezes Reprodução / Record TV

Com vídeos que comprovam os maus-tratos, no fim de março a Justiça de São Paulo decretou a prisão da diretora da escola, Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, de 41 anos, e da irmã dela, Fernanda Carolina Rossi Serme, de 37 anos, que também trabalhava lá. Uma funcionária, identificada como Solange, também foi indiciada — Com vídeos que comprovam os maus-tratos, no fim de março a Justiça de São Paulo decretou a prisão da diretora da escola, Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, de 41 anos, e da irmã dela, Fernanda Carolina Rossi Serme, de 37 anos, que também tra... Com vídeos que comprovam os maus-tratos, no fim de março a Justiça de São Paulo decretou a prisão da diretora da escola, Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, de 41 anos, e da irmã dela, Fernanda Carolina Rossi Serme, de 37 anos, que também trabalhava lá. Uma funcionária, identificada como Solange, também foi indiciada Reprodução/ Record TV

Roberta ficou foragida e, apenas um mês depois de ter a prisão preventiva decretada, se entregou à polícia. As suspeitas foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do Tremembé — Roberta ficou foragida e, apenas um mês depois de ter a prisão preventiva decretada, se entregou à polícia. As suspeitas foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do Tremembé Roberta ficou foragida e, apenas um mês depois de ter a prisão preventiva decretada, se entregou à polícia. As suspeitas foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do Tremembé Google Street View

São Paulo, SP - 01.04.2022 - Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa, Roberta Serme, diretora da escola é acusada de maus-tratos, suspeita de crimes de tortura, periclitação de vida, submissão a vexame e associação criminosa. Foto Edu Garcia/R7 — Em agosto, o laudo dos exames comprovou lesões causadas em crianças que estudavam na escola. Mesmo assim, a defesa das donas da unidade continuou negando a responsabilidade. "Os exames não comprovaram onde ocorreram as lesões, se na escola, no parque, ... Em agosto, o laudo dos exames comprovou lesões causadas em crianças que estudavam na escola. Mesmo assim, a defesa das donas da unidade continuou negando a responsabilidade. "Os exames não comprovaram onde ocorreram as lesões, se na escola, no parque, em casa", afirmou o advogado das irmãs responsáveis pela escola Edu Garcia/R7 - 01.04.2022

São Paulo, SP - 01.04.2022 - Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa, Roberta Serme, diretora da escola é acusada de maus-tratos, suspeita de crimes de tortura, periclitação de vida, submissão a vexame e associação criminosa. Foto Edu Garcia/R7 — A audiência do caso foi marcada para outubro e, na quinta-feira (13), a Justiça ouviu 14 testemunhas, das quais seis são de acusação e oito, de defesa. Além disso, as acusadas também devem ser ouvidas. O processo tramita em segredo de justiça A audiência do caso foi marcada para outubro e, na quinta-feira (13), a Justiça ouviu 14 testemunhas, das quais seis são de acusação e oito, de defesa. Além disso, as acusadas também devem ser ouvidas. O processo tramita em segredo de justiça Edu Garcia/R7 - 01.04.2022

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