Plataformas do Metrô lotaram na greve de quarta-feira (19), quando houve o acidente
Reprodução/ Agência EstadoUm funcionário do Metrô de São Paulo foi atropelado por um trem entre as estações Luz e Tiradentes, da linha 1-Azul, por volta das 17h40 desta quarta-feira (19), dia em que a categoria promoveu uma paralisação de 24 horas. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Santa Isabel, onde está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com hemorragia na cabeça e lesões na clavícula, perna e quadril.
A vítima foi atropelada quando estava no terminal de manobra entre as estações. Ainda não se sabe o motivo dele estar na linha do trem.
De acordo o vice-presidente da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), o funcionário atropelado é supervisor de estação e foi ameaçado de demissão por seus superiores de demissão caso aderisse à greve, sob alegação de que o cargo é de confiança.
Além disso, vice-presidente da Cipa disse que, para manter o funcionamento de algumas linhas durante a greve de funcionários, o Metrô utiliza supervisores de estação em outras funções. A mudança torna as operações arriscadas para passageiros e funcionários, pois exigem um preparo específico.
A direção da CIPA solicitou uma reunião extraordinária com o Metrô para esclarecer o ocorrido. De acordo com o vice-presidente da comissão, a empresa não está sendo transparente.
Em nota, o Sindicato dos Metroviários afirma que o Metrô coloca funcionários que não são operadores de trem para desempenhar a função. "Dá a eles treinamento rápido e os joga numa atividade que requer treinamento longo e detalhado", diz o texto.
A equipe do R7 solicitou um posicionamento ao Metrô de São Paulo. A companhia que afirmou que o funcionário tinha curso e estava capacitado para a função que exercia no momento do acidente. O Metrô disse, ainda, que está analisando as imagens para entender as causas do acidente e que está prestando todo o apoio ao funcionário.