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Gaeco denuncia Rato, Buda, Tatuzão e mais três por elo com PCC em esquema de rifas

Operação Latus Actio tem o objetivo de reprimir a exploração de jogos de azar promovidos por artistas e influenciadores nas redes

São Paulo|Do Estadão Conteúdo

Acusação vem na esteira da Operação Latus Actio Divulgação/Polícia Federal

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) denunciou nesta terça (6) um grupo de seis suspeitos de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital), todos com extensa ficha policial, por “constituírem e integrarem organização criminosa destinada à prática de delitos contra a ordem tributária, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro”.

A acusação vem na esteira da Operação Latus Actio, deflagrada no dia 12 de março de 2024, com o objetivo de reprimir a exploração de jogos de azar por intermédio de rifas promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores em suas redes sociais.

Seis promotores do Gaeco subscrevem a denúncia contra Henrique Alexandre Barros Viana (o “Rato”), Daniela Cristina Viana, Gratuliano de Souza Lira (o “Quadrado”, ou “Quaqua” ou “Espanha”), Moisés Teixeira da Silva (o “Tatuzão”), Ronaldo Pereira Costa e Márcio Geraldo Alves Ferreira (o “Buda”).

Em 12 de dezembro do ano passado, o Gaeco e a Polícia Federal, por meio da Ficco/SP (Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado), foram às ruas na segunda fase da operação. No último dia 25, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, a força-tarefa novamente entrou em cena, desta vez na mira de policiais.


De acordo com a investigação, o grupo econômico Love Funk, cujo ramo de atuação é o agenciamento de artistas e a produção de shows de funk, ostenta faturamento milionário. O Estadão busca contato com a empresa citada. O espaço está aberto.

Segundo o Gaeco, Love Funk, “cujo ramo de atuação é o agenciamento de artistas e a produção de shows de funk”, é composto por empresas administradas por “Rato” e Daniela.


Entre as diversas transações financeiras suspeitas realizadas pelo grupo, destaca a Promotoria, estão a movimentação de recursos superiores a sua capacidade financeira declarada/comprovada e movimentação de recursos vultosos nos anos de 2020 e 2021, “período no qual, muito embora se estivesse no auge da pandemia da Covid-19, justificou-se tratar de bilheterias e vendas em shows”.

A quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático dos denunciados — entre os quais estão um suspeito que atualmente cumpre pena pelos assassinatos de “Gegê do Mangue” e “Paca”, ambos líderes do PCC, e outro que recebeu sentença de 15 anos de prisão por participar do roubo à sede do Banco Central em Fortaleza, da qual foram roubados R$ 150 milhões —, “evidenciou que parte dos recursos movimentados pelo grupo tem como origem o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas, possibilitando a expansão do seu patrimônio por meio do uso de interpostas pessoas, como no caso da extensa fazenda localizada na Paraíba para a criação de gado”.


Os promotores pedem à Justiça que determine reparação do dano moral coletivo, em valor não inferior a R$ 10 milhões, e decrete a perda em favor do Estado de São Paulo dos valores e bens, móveis e imóveis, dos denunciados e das pessoas jurídicas, bloqueados, apreendidos, arrestados e sequestrados na ação.

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