Goianas presas na Alemanha após troca de malas voltam ao Brasil
Kátyna Baía e Jeanne Paolini foram detidas injustamente e desembarcaram na manhã desta sexta-feira (14) em Brasília
São Paulo|Do R7, com Agência Estado
As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, presas injustamente na Alemanha após terem as malas trocadas no aeroporto de Guarulhos, já estão no Brasil. Elas desembarcaram na manhã desta sexta-feira (14) no Aeroporto Internacional de Brasília, Presidente Juscelino Kubitschek, com Lorena Baía, irmã de Kátyna, Valéria Paolini, mãe de Jeanne, e a advogada Luna Provázio.
Segundo Lorena, as mulheres, que ficaram 38 dias presas em Frankfurt após suas malas terem sido trocadas por bagagens com drogas, ainda se recuperam do baque. "Estão muito abaladas, tentando processar as informações, que estão chegando aos poucos", relata.
Elas foram libertadas no dia 11, depois que o Ministério Público alemão, de posse do inquérito da Polícia Federal e de vídeos que comprovavam que as etiquetas das malas foram trocadas no aeroporto, autorizou a soltura do casal. A operação da PF no aeroporto de Guarulhos prendeu sete suspeitos de participar do esquema.
Segundo Lorena, elas pretendem entrar com ação de reparação de danos, mas ela ainda não sabe informar se contra a empresa aérea ou contra o terminal de Guarulhos. "A prioridade era soltar as meninas. Os advogados, agora, estão avaliando toda a situação para ingressar com a ação indenizatória."
Entenda o caso
A polícia alemã apreendeu no início de março duas malas com 20 kg de cocaína cada uma, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna, e as brasileiras foram detidas.
A base para a liberação foram as imagens que mostram as bagagens sendo trocadas durante uma escala no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França, mas não foi presa.
A Operação Iraúna, da PF, já prendeu sete pessoas por envolvimento no caso.