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Governo de SP usa norma técnica para PM buscar armas na Europa

Dois tenentes, um major e três capitães ficarão na Áustria. Em nota, a SSP informou que a viagem é necessária, por se tratar de produto controlado

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Dois tenentes, um major e três capitães da Polícia Militar do Estado de São Paulo irão passar nove dias em Deutsch Wagram, na Áustria, para receber armas de fogo que, posteriormente, serão entregues à corporação.

A cidade austríaca abriga a Glock, uma empresa que fabrica armas e as vende para as Forças de Segurança brasileira.

De acordo com o Diário Oficial do Estado, os tenentes coronéis Marco Aurélio Valério e Yurio Edson Caldas Marques de Abreu, o major Sérgio Harumi Nishi e os capitães Cézar Augusto Monteiro da Silva Raymundo, Álvaro Zocchio Júnior e Wellington Michel dos Reis Silva embarcam nesta sexta-feira (14) e ficam na Europa até o dia 23, dois dias antes do feriado do Natal.

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Os policiais mencionados trabalham na Diretoria de Logística, Centro de Material Bélico, Comando de Policiamento de Choque, Gate e COE e formam uma comissão técnica, nomeada pelo Comando da Polícia Militar.

A viagem foi autorizada pelo atual governador Márcio França (PSB) com base no artigo 69, da Lei 10.261/68 — ordem que regula os afastamentos de funcionários para participação em congressos e outros certames culturais, técnicos ou científicos. A PM justificou a viagem para "efetuar o recebimento provisório do material bélico".


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Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a viagem dos cinco PMs é necessária, por se tratar de produto controlado, o qual depende de exportação do governo austríaco e de importação do governo brasileiro. "A conferência da carga é feita na sede do fabricante para que se evitem erros de envio e perda de tempo com eventuais correções ou substituições", acrescentou. Por fim, a pasta diz que a empresa é quem suportará os custos decorrentes da viagem, "inclusive com fornecimento de alimentação e hospedagem".


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As primeiras instalações da empresa Glock foram feitas em 1963, em Deutsch Wagram — a cidade que os PMs paulistas irão visitar nos próximos nove dias. No início, eram produzidos bens de consumo de madeira, polímeros e metal. A empresa chegou ao Brasil no início do ano passado e tem seu escritório no Jardim Europa, bairro nobre da capital paulista.

As principais características da pistola Glock são: arma leve, ótima ergonomia, confiável, alta durabilidade e com acabamento resistente. É feita com liga de polímero e aço carbono teniferizado. O FBI, órgão de investigação federal norte-americano, GIGN, forças especiais francesas, entre outros exércitos, como austríaco e britânico, fazem o uso das pistolas. Em solo brasileiro, o calibre 9mm é de uso exclusivo da Polícia Federal e Forças Armadas, modelo G17.

No final do ano passado, a Polícia Militar revogou uma licitação internacional da compra de 5.000 pistolas .40. Foi a primeira licitação aberta para a compra de armas após monopólio de fabricante nacional, a Taurus.

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