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'Gritava pedindo socorro e para que salvasse os alunos', diz adolescente sobre professora morta

Aos prontos, jovem falou sobre a cena que presenciou na sala de aula, quando um dos colegas atacou alunos e professores

São Paulo|Isabelle Amaral, do R7, com Record TV

Adolescente passou de sala em sala
Adolescente passou de sala em sala

A aula tinha acabado de começar quando um aluno, de 13 anos, entrou em uma sala da 8ª série e esfaqueou um colega. A professora, na tentativa de apartar a briga, também foi esfaqueada diversas vezes. "Ela gritava pedindo socorro e para que salvasse os alunos", revelou, aos prantos, uma adolescente sobre a professora Elizabeth, que não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã desta segunda-feira (27).

O ataque ocorreu por volta das 7h30, na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo. Elizabeth, de 71 anos, chegou a ser socorrida em parada cardiorrespiratória e foi levada pelo helicóptero Águia da Polícia Militar ao Hospital das Clínicas. Ela passou por atendimento, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.

Em entrevista à Record TV, alunos que presenciaram a cena traumatizante revelaram que o agressor, identificado como Guilherme, usava máscara de caveira e entrou na sala atacando "todo mundo", mas tinha um alvo — veja o vídeo do ataque abaixo.

"Ele esfaqueou ela [a professora Elizabeth] nos braços, nas costas e na cabeça. Todo mundo começou a correr, eu até caí e torci o pé, aí tentei me esconder", revelou um outro aluno. O jovem conta, ainda, que na semana passada Guilherme e um outro colega de turma teriam se desentendido e entrado em uma briga "de socos".


"Nessa briga, o Guilherme chamou o menino de macaco, ficou fazendo racismo, aí eles se agrediram. Depois, o Guilherme disse que ia se vingar, mas ninguém acreditou", revelou o adolescente.

Além da professora que acabou sendo morta, o ataque deixou mais quatro pessoas feridas: dois alunos e outros dois docentes.


Comportamento estranho

O menino que presenciou o ataque contou que Guilherme sempre teve um comportamento estranho. "Era frio, ficava sentado na sala com fone e não conversava."

Mascarado e com a arma branca, o agressor passou de sala em sala. Os gritos chamaram a atenção de outros docentes, que ficaram na porta para impedir a entrada dele.


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Guilherme foi contido por uma professora de educação física. Um vídeo mostrou o momento em que a profissional age. Ela flagra o adolescente esfaqueando uma funcionária da escola, imobiliza-o pelo pescoço e pede a uma outra professora que pegue a faca — veja o vídeo abaixo.

Ele ainda entra em luta corporal com a mulher, mas ela consegue contê-lo. Após essa ação, a polícia foi acionada para ir ao local e apreendeu o adolescente.

"Não fosse o ato heroico dela, a tragédia ia ser maior", afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O secretário de Educação, Renato Feder, considera a professora uma "heroína".

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