Há cinco dias na porta do Palácio dos Bandeirantes, grupo tenta discutir "reforma política" com governador

Há cinco dias na porta do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na zona sul de São Paulo,um grupo de 15 pessoas tenta um encontro com o governador Geraldo Alckmin (PSDB)para apresentar uma pauta de reivindicações, ainda em fase de elaboração. Em linhas gerais, elas levantam a bandeira da “reforma política”, conforme explica uma das integrantes, a empresária Vanessa Itinoseki, 30 anos.

De acordo com Vanessa, o “Ocupa palácio – resistência pacífica” foi criado na ocasião do quinto ato contra o aumento da tarifa do transporte coletivo na cidade, realizado no dia 17. Naquela segunda-feira, parte dos manifestantes decidiu seguir rumo à sede do governo paulista. Uns tentaram invadir o local e houve reação da Polícia Militar. Quando os ânimos se acalmaram, alguns permaneceram. A maioria acabou desistindo.

Formado por homens e mulheres com idades entre 18 e 35 anos, o pequeno grupo que resistiu não tem liderança, é apartidário e pode ser considerado heterogêneo. Mas um ponto une todos seus integrantes, segundo a empresária.

— São pessoas com a mesma ideologia de melhorar o País.

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Como um ato de ocupação, os integrantes se revezam em frente ao portão 2 do palácio. Cada um passa determinado tempo, volta para casa e para suas atividades profissionais, e retorna ao local de protesto. Vanessa acrescenta:

— O que nós queríamos mesmo é solidificar todos esses temas de protesto que foram levantados nessas manifestações que houve na [avenida] Paulista, na [praça da] Sé. Envolver todos esses temas e fazer deles duas palavras: reforma política e levar isso mais sólido, que tenha um foco, objetividade.

Impedidos de montar barraca no local, conforme a empresária, os manifestantes se protegem da chuva com uma tenda improvisada, feita com sacos de lixo. Eles montaram ainda um varal com várias placas de protesto. Uma delas, escrita à mão, pede para que motoristas buzinem em sinal de apoio.