Investigado por manter casas de caça-níqueis em Santos é morto
Vítima era acusada de participar de morte de ex-funcionário da prefeitura. Uma semana antes de morrer, ele provocou PMs e prefeitura no Facebook
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

O empresário Wassim Abdouni, 40 anos, foi morto a tiros na manhã desta sexta-feira (5), no bairro Gonzaga, em Santos (litoral de São Paulo). Segundo a PM, a vítima chegou a ser socorrida e levada para o Santa Casa do município, mas não resistiu.
Abdouni era investigado pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) por manter uma rede de casas de caça-níqueis e por possíveis crimes de lavagem de dinheiro, além de ter acusado de mandar matar um ex-funcionário da Prefeitura de São Vicente em 2016.
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Conforme as investigações, a vítima do homicídio o qual Abdouni é acusado de ter sido mandante era um funcionário da prefeitura responsável pelas fiscalizações de boates do município. A vítima teria multado um dos estabelecimentos do empresário e isso teria gerado uma rivalidade entre eles.
Ainda de acordo com as investigações, o próprio Abdouni teria dito, antes dos crimes, que o funcionário da prefeitura havia aplicado a multa no estabelecimento porque não havia recebido propina.
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O processo de homicídio que o empresário era acusado estava em segunda instância. No dia 28 de março de 2017, Abdouni usou seu perfil no Facebook para agradecer seus advogados que o “absolveram de mais uma covardia, a justiça foi feita”.

Na mesma publicação, o empresário deixou “um recado aos covardes que tentaram e continuam tentando me prejudicar, Deus está ao lado e defende os justos. Vocês perderam”. Dois anos depois, no último dia 28 de março, Abdouni compartilhou a mesma mensagem e indicou que seria para seus possíveis algozes.
“Homenagem a todos os PMs e funcionários da Prefeitura de São Vicente envolvidos: Chupa, seus lixos”, disse a publicação.
De acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), testemunhas do crime foram ouvidas e os aparelhos celulares do empresário foram apreendidos. O caso foi registrado e será investigado pelo 7º DP de Santos, sob responsabilidade do delegado Alexandre Aranha.