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Justiça mantém prisão de homens detidos com helicóptero do PCC

Entre os presos, está o piloto Rogério Antunes, preso em 2013 no ES, com mais de 400 kg de cocaína em um outro helicóptero

São Paulo|Márcio Neves, do R7

Helicóptero foi apreendido durante operação da Polícia Civil em Arujá (SP)
Helicóptero foi apreendido durante operação da Polícia Civil em Arujá (SP)

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu nesta quinta-feira (26) manter presos três dos quatro homens suspeitos de envolvimento com o helicóptero usado pela faccção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para o tráfico de drogas, apreendido na quarta-feira (25) em Arujá, na Grande São Paulo.

O juiz decidiu decretar a prisão preventiva dos acusados após a audiência de custódia.

Piloto preso em SP já havia sido detido em operação da PF no ES
Piloto preso em SP já havia sido detido em operação da PF no ES

Entre os presos, está o piloto Rogério Almeida Antunes, preso em 2013 no Espírito Santo, com mais de 400 kg de cocaína em um helicóptero da empresa de um deputado estadual mineiro.

Além de Rogério, também foram presos seu irmão, Leonardo Almeida Antunes e outros dois homens. Um deles foi posto em liberdade, pois conseguiu comprovar que não tinha nenhuma relação com o caso.


Em entrevista ao R7,o advogado de Rogério Antunes afirmou que seu cliente teria sido contatado na noite de terça-feira (24) por alguém com uma proposta para pilotar um helicóptero de São Paulo até o Mato Grosso.

Essas informações foram confirmadas a Polícia Civil, que pediu a Justiça a quebra dos sigilos telefônicos dos presos. Foi também pedido a quebra de sigilo bancário de uma empresa que a polícia suspeita que era utilizada para lavar o dinheiro da droga transportada nas aeronaves.


Helicóptero usado pelo PCC

De acordo com a Seccional de São Bernardo do Campo, um helicóptero do Primeiro Comando da Capital (PCC) também foi localizado nesse hangar em Arujá, onde ocorreram a prisão dos quatro homens.


Segundo investigações da Polícia Civil, a mesma aeronave apreendida nesta quarta-feira também era usada para transportar as drogas para o Paraguai e outros Estados do Brasil e teria sido usada na morte de Gegê do Mangue — dois helicópteros participaram da ação.

O trabalho da polícia começou antes da execução do Gegê, quando iniciaram buscas pelos hangares da região de São Paulo e região metropolitana atrás de veículos usados para tráfico do PCC. Após a morte de Gegê, a aeronave sumiu e só foi localizada hoje.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um helicóptero modelo Esquilo de prefixo PP-MAU, avaliado em cerca de R$ 2,5 milhões de reais, está com o certificado de voo válido e está registrada em nome de uma pessoa física com residência em um apartamento no bairro de Vila Formosa, na zona leste de São Paulo.

No início da noite, a aeronave foi levada para o aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, onde passou por uma perícia em que foram encontrados vestígios de cocaína no interior da aeronave.

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