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Justiça pede prisão de seguranças que teriam espancado estudante

Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi golpeado até desmaiar. Suspeitos são vigilantes de bar em Santos (SP). Agressão ocorreu em julho

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi espancado até a morte por seguranças
Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi espancado até a morte por seguranças Lucas Martins de Paula, de 21 anos, foi espancado até a morte por seguranças

A Justiça de São Paulo pediu a prisão preventiva de Anderson Luiz Pereira Brito, Sammy Barreto Callender, Thiago Ozarias Souza e Vitor Alves Karan, suspeitos de participarem no espancamento que resultou na morte do jovem Lucas Martins de Paula, de 21 anos, em Santos, no litoral de São Paulo, no dia 7 de julho.

O pedido da prisão havia sido feito pela Polícia Civil de Santos, por meio da delegada Edna Fernandes Pacheco, do 3º DP de Santos, responsável pelo inquérito que apura o caso.

Na decisão, publicada na última sexta-feira (3), o juiz Alexandre Betini, da Vara do Júri da Comarca de Santos, decretou também que o processo deve prosseguir sem segredo de Justiça e sem sigilo externo.

Câmeras de Segurança

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Imagens registradas por câmeras de uma escola próxima ao bar mostram um funcionário desferindo ao menos 12 golpes no estudante. A agressão ocorreu durante a madrugada de 7 de julho em um bar no bairro do Embaré. Segundo testemunhas, após questionar o valor de R$ 15 em sua comanda, o estudante foi arrastado para a área externa do bar e agredido por ao menos seis seguranças do estabelecimento, até desmaiar.

Amigos do rapaz acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a Polícia Militar. O jovem agredido sofreu politraumatismo craniano e morreu no domingo (29) após ficar mais de duas semanas internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Santos. Ele cursava o quarto ano de Engenharia Elétrica da Unisanta (Universidade Santa Cecília).

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Fechado

Segundo a Prefeitura de Santos, o bar funcionou sem alvará nos últimos dois anos. Após a agressão ao estudante, o bar foi fechado por ordem da administração municipal em 10 de julho, depois de uma vistoria constatar irregularidades.

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Outro Lado

A reportagem do R7 enviou quatro e-mails e procurou, por pelo menos oito vezes, pelo telefone as defesas dos suspeitos. Apesar da insistência, dois deles ainda não se pronunciaram. Assim que a resposta for enviada, ela será publicada.

O advogado Pedro Furlan, que defende Thiago Ozarias de Souza, informou que a prisão decretada é desnecessária e precipitada. "Não foi entrentado nenhum requisito que autoriza a decretação da prisão, tratando-se de uma decisão genérica", argumentou. O advogado disse, ainda, que irá impetrar um habeas corpus, ainda hoje, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Ao final, comentou que "só iremos nos posicionar após a análise integral dos autos".

João Manoel Armoa Jr, que representa Vitor Alves Karan, informou que também entrará com pedido de revogação da prisão preventiva, junto à Vara do Júri de Santos e um habeas corpus ao Tribunal de Justiça de São Paulo. O advogado disse que, após reunião com a família do suspeito, "foi esclarecido sobre a necessidade de sua apresentação espontânea para dar comprimento ao mandado de prisão". "Tal decisão venha ser opção particular do meu cliente, não tendo minha pessoa qualquer ingerência sobre sua decisão, bem como, se irá se apresentar ou não", finalizou.

*Colaborou Giovanna Borielo, estagiária do Portal R7

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