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Levantamento aponta 618 reclamações de falta de água na capital e na Grande São Paulo

Dados são de campanha promovida pelo Idec; zona leste é a mais atingida, com 25% dos casos

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7


Vista parcial do ponto de captação que leva a água do volume morto da Represa Jaguari Jacareí ao túnel 7 do Sistema Cantareira, na divisa entre Joanópolis e Piracaia
Vista parcial do ponto de captação que leva a água do volume morto da Represa Jaguari Jacareí ao túnel 7 do Sistema Cantareira, na divisa entre Joanópolis e Piracaia Vista parcial do ponto de captação que leva a água do volume morto da Represa Jaguari Jacareí ao túnel 7 do Sistema Cantareira, na divisa entre Joanópolis e Piracaia

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) recebeu 618 relatos de falta de água na capital paulista e na Grande São Paulo, entre os dias 25 de junho e 26 de setembro. O número é parte do balanço da campanha Tô sem água", promovida pelo instituto com a finalidade de mapear as localidades que estão sofrendo com o problema.

De acordo com o Idec, 72% dos que reclamaram disseram que o fornecimento foi interrompido diariamente, uma vez por dia. Já 17% relataram que a interrupção aconteceu mais de uma vez por semana. Ainda conforme o levantamento, 82% também afirmaram a ocorrência de falta de água à noite.

As informações da campanha mostram que as regiões da capital são atingidas de forma semelhante pela falta de abastecimento, sendo que a zona leste foi a mais afetada, concentrando 25% das denúncias. A Grande São Paulo respondeu por 8% dos relatos.

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Ainda conforme a pesquisa, 58% dos participantes notaram comprometimento na qualidade da água.

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Em nota, a Sabesp afirmou que "trata-se de uma amostragem de 618 casos, enquanto a empresa atende mais de 17 milhões de clientes na Grande São Paulo". "Os dados da Sabesp sobre reclamações, no comparativo entre 2013 e 2014, mostram queda nos registros", diz o texto. "Em agosto último, por exemplo, o número de queixas foi 2,5% menor do que no mesmo mês do ano passado". 

A companhia afirma ter recebido 51.112 reclamações em agosto de 2014, ante 52.422 em 2013. 

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A Sabesp reafirmou que não há racionamento em São Paulo.

Transparência

Escorado na Lei de Acesso à Informação, o Idec formalizou no dia 8 do mês passado um pedido de informação à Sabesp, solicitando o mapa de diminuição de pressão noturna de água, operação realizada pela companhia para tentar contornar a maior crise hídrica dos últimos 84 anos.

O Idec argumenta que, apesar de a Sabesp alegar que a diminuição da pressão não traz consequências aos consumidores, isto não é observado na prática.

A solicitação do Idec deveria ser respondida em 20 dias, portanto, até o dia 27 de setembro. Em texto publicado em seu site, o instituto informou que o Sistema de Informações ao Cidadão do Governo do Estado de São Paulo enviou resposta com o comunicado de que o prazo será prorrogado por mais 10 dias, o que é permitido na legislação.

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Desta forma, a Sabesp terá até a próxima terça-feira (7), dois dias após as eleições, para se posicionar. Ainda de acordo com o texto, a justificativa da empresa para o adiamento baseia-se na "complexidade do levantamento de informações" solicitadas pelo Idec.

Novo recorde

Nesta quarta-feira (1), o reservatório do Cantareira atingiu o índice de 6,7%, o mais baixo da história. Em 16 maio, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) incorporou o volume morto ao sistema, que é responsável pelo fornecimento de água a quase metade da Região Metropolitana de São Paulo.

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