Mais de 30 pessoas são detidas após protesto contra tarifa em São Paulo
Segundo o Metrô, houve vandalismo na estação Trianon-Masp com pichações e danos a equipamentos, como escada rolante e luminárias
São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7 e Enrico Bertagnoli, da Agência Record
O protesto contra o aumento da tarifa no transporte público em São Paulo terminou com 33 pessoas detidas e confusão na estação Trianon-Masp da Linha 2-verde do metrô na noite desta terça-feira (7).
A manifestação foi contra o reajuste da tarifa de R$ 4,30 para R$ 4,40, já em vigor desde o dia 1º. O ato teve início em frente à Prefeitura de São Paulo, por volta das 16 horas. A passeata organizada pelo Movimento Passe Livre seguiu pelo Viaduto do Chá, passou pela avenida São João, e se encerrou, na região da avenida Paulista, próximo ao MASP.
A confusão começou já na dispersão, quando os manifestantes tentaram pular a catraca da estação Trianon-Masp para não pagar a tarifa, mas foram contidos por policiais militares e agentes de segurança do Metrô, que realizavam o controle de fluxo de passageiros.
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Acessos do metrô foram fechados como ação estratégica para reforçar a segurança em trabalho conjunto com a Polícia Militar, mas houve confronto. Os policiais se posicionaram à frente do acesso e contiveram os manifestantes que, segundo a PM, passaram a lançar tintas e objetos contra os agentes.
Um major da PM foi ferido por um estilhaço de vidro e levado ao Hospital das Clínicas. Durante a operação, foram apreendidos coquetéis molotov, madeiras, recipientes com material inflamável, entre outros objetos.
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Segundo o Metrô, a estação foi alvo de vandalismo e ainda são contabilizados os prejuízos. Em nota, o Metrô informou que houve danos a vários equipamentos da estação, entre eles uma escada rolante, luminárias, placas de propaganda e além de pichações nas portas e bloqueios.
Parte do grupo foi dispersado pelo esquema de segurança. No entanto, 33 manifestantes foram encaminhados para o 78° DP (Jardins) para averiguação. Há adolescentes entre eles. Os detidos assinaram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por dano, desacato e lesão corporal e foram liberados.
De acordo com a PM, ao todo 160 policiais, incluindo agentes mediadores, participaram da ação.
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Em nota, o Movimento Passe Livre afirmou que "ao invés de reconhecerem as pautas como legítimas, os governantes mandaram as forças policiais fechar a estação e defender as catracas". E completou: "a polícia reprimiu com agressões, spray de pimenta e terror psicológico. As detenções de manifestantes foram arbitrárias. Eles somente tentavam voltar pra casa sem pagar tarifa".
O Movimento Passe Livre já marcou um segundo ato contra o aumento de 10 centavos na tarifa do transporte público. A passeata será na quinta-feira (9) a partir das 17 horas, desta vez na Praça da Sé.