Marcola, apontado como principal líder do PCC, deixa presídio federal e é levado para hospital
Marcos Willians Herbas Camacho precisou passar por procedimentos a pedido de seu médico, segundo advogado
São Paulo|Isabelle Amaral, do R7
Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola e suspeito de ser o principal líder da maior facção criminosa do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido do Presídio Federal de Brasília, onde cumpre pena, para o Hospital Regional de Gama, na manhã desta sexta-feira (4).
Ao R7, Bruno Ferullo, responsável pela defesa de Marcola, informou que o médico particular do detento já havia pedido alguns procedimentos de rotina e, nesta sexta, ele foi submetido a exames de sangue e endoscopia.
Apesar disso, segundo Ferullo, Marcola não teve nenhum problema de saúde. "Eles [a polícia] não avisam ninguém, a gente só sabe depois que acontece", comentou.
O chefe do PCC soma 342 anos de prisão por crimes como homicídio, tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo.
Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais diz que detalhes sobre a saúde dos detentos não são informados por questão de segurança, mas que zela pela integridade dos custodiados e conta com equipe de saúde multidisciplinar — veja a nota na íntegra abaixo.
Veja a nota da Secretaria Nacional de Políticas Penais na íntegra:
"A Secretaria Nacional de Políticas Penais informa que, segundo o Código de Ética Médica e resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 999/80 de 23 de maio de 1980 e nº 1.605/2000, o sigilo de informações de saúde é simultaneamente direito do paciente e dever do profissional.
Todas as informações de saúde de quaisquer pessoas são sigilosas e privativas; porém, a Senappen reitera que os presos custodiados no Sistema Penitenciário Federal, nos ditames na Lei de Execução Penal, têm toda a assistência necessária de acordo com suas necessidades individuais, inclusive em questões materiais que, dentre outros, prevê o fornecimento de alimentação balanceada, vestuário e instalações higiênicas.
Além de contar com equipe de saúde multidisciplinar composta de médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais, também há ativo o serviço de telemedicina, em que os privados de liberdade podem se consultar nas especialidades de cardiologia, ortopedia, pneumologia, urologia, dermatologia e psiquiatria.
Quaisquer informações individualizadas de custodiados não são informadas por questões de segurança e/ou legais.
Reforçamos que a Senappen zela pela integridade dos custodiados nas penitenciárias federais e pelo fiel cumprimento da Lei de Execução Penal (LEP)."
Transferência
Marcola foi transferido da penitenciária federal de Porto Velho, no estado de Rondônia, onde estava preso, para o Presídio Federal de Brasília, no Distrito Federal, em 25 de janeiro deste ano.
A operação de transferência foi coordenada pela Secretaria de Políticas Penais do Ministério da Justiça e realizada durante a tarde, sob forte esquema de segurança.
O motivo da mudança de prisão, segundo revelou o ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, seria um suposto plano de fuga de Marcola da unidade.
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