Médico preso em SP é suspeito de abuso sexual de 10 mulheres
Ginecologista José Adagmar Pereira de Moraes foi preso nesta segunda (5). São, pelo menos, cinco vítimas em SP, e outras cinco em PE
São Paulo|Mariana Rosetti, da Agência Record
José Adagmar Pereira de Moraes, de 41 anos, médico ginecologista preso por cometer abusos sexuais contra pacientes em clínicas de Suzano, na Grande São Paulo, e na zona leste da capital paulista, é suspeito de ter abusado de 10 mulheres.
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A veiculação do caso na imprensa motivou a denúncia de outras vítimas. Desde a prisão do médico na segunda-feira (5), outras três mulheres procuraram a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Suzano, responsável pelas investigações do caso.
Até o momento, José Adagmar é suspeito de ter cometido abuso sexual em, pelo menos, cinco mulheres em São Paulo e outras cinco no estado do Pernambuco.
Investigação
As investigações tiveram início em setembro, quando uma paciente, de 23 anos, registrou formalmente os abusos que sofreu após uma consulta na zona leste da capital.
A denúncia, no entanto, ganhou força após o depoimento de uma segunda vítima, de 19 anos, que procurou a DDM de Suzano. O relato da jovem motivou o pedido de prisão preventiva do médico.
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Em seu depoimento, ela relatou que contou ao médico alguns sintomas que tinha durante a consulta. Ele, em resposta, disse que seu problema não era físico, mas psicológico. O ginecologista, então, sugeriu que a jovem tivesse mais relações sexuais, inclusive com outros parceiros.
Após a sugestão, ele começou a tocá-la de forma inapropriada e abusiva. A ação do médico deixou a jovem completamente abalada e a motivou a prestar queixa na DDM.
Durante a elaboração do boletim de ocorrência, a polícia pesquisou o nome do médico e detectou que outras cinco vítimas haviam registrado queixa contra ele em Pernambuco.
Segundo a delegada Silmara Marcelino, da DDM de Suzano, os boletins de ocorrência de São Paulo foram registrados como violação sexual mediante a fraude, de acordo com o artigo 215 do Código Penal.
A princípio, Silmara pediu à Justiça de São Paulo a prisão temporária do médico por 30 dias. Porém, o juiz entendeu que, neste caso, caberia a prisão preventiva, cuja detenção é por tempo indeterminado.
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Com o mandado em mãos, a polícia foi até a clínica em que o médico trabalhava e o prendeu na manhã de segunda. Segundo a delegada, o ginecologista tinha registro profissional regular no Conselho Regional de Medicina.
Em nota, o CREMESP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) informou que todas as sindicâncias e processos éticos tramitam sob sigilo determinado por lei, e por isso não seria possível divulgar informações sobre o caso.