Mensagens sobre 'toque de recolher' em São Paulo são falsas, diz SSP
Secretaria de Segurança Pública diz que supostos recados da facção não têm 'elementos concretos que indiquem a iminência da eclosão de ações'
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
Mensagens que circulam no WhatsApp sobre possíveis retaliações da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) por causa da transferência de 22 presos apontados como líderes do grupo não tem “quaisquer elementos concretos que indiquem a iminência da eclosão de ações”, de acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).
As 22 supostas lideranças da facção criminosa, que inclui Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, saíram da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, e foram para presídios federais na última quarta-feira (13).
Um dia depois das transferências, uma mensagem atribuída ao PCC, a qual o R7 teve acesso, diz a supostos membros da facção que no momento não deve realizar ataques. “O momento é de inteligência e não de força. Devemos nos unir mais ainda e não cair no jogo sujo de nossos inimigos. No momento, não iremos manifestar com hostilidade generalizada”, diz o texto.
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A mensagem, que teria circulado entre supostos membros do PCC no WhatsApp, ainda afirma que "não seja tomada nenhuma medida isolada de rebeliões, ataques ou protestos de hospilidade em nome do comando [PCC]".
No entanto, o possível "salve geral" [recado da cúpula da organização criminosa] não descarta a possibilidade de ataques e diz que "será avaliada toda atitude contra nossos irmãos que foram para federal e cada ação terá uma reação".
Segundo a secretaria de Segurança Pública, “as medidas adotadas pelo Comando da Polícia Militar de orientação ao efetivo sobre reforço nas medidas de segurança e, especialmente, as ações de ordem operacional são de caráter eminentemente preventivo e objetivam potencializar a sensação de segurança na sociedade”.
Entre a manhã de quarta-feira (13) e a madrugada de quinta-feira, a Polícia Militar prendeu 326 pessoas como forma de prevenção de possíveis ataques da facção. As informações oficiais ainda apontam que a polícia realizou mais de 66 mil abordagens.