Mesmo sem Expo 2020, Haddad projeta novo centro de eventos em Pirituba
Prefeito vê razões para manter Piritubão na pauta de realizações da cidade
São Paulo|Do R7
A Expo 2020 poderia alavancar uma série de obras na região de Pirituba, na zona norte de São Paulo, mas a capital paulista recebeu a pior votação entre as quatro candidatas, na última quarta-feira (27), e acabou dando adeus ao sonho de receber o evento. Entretanto, o prefeito Fernando Haddad já adiantou, ainda em Paris, na França, que continua acreditando no projeto.
O governo municipal vê elementos que viabilizam e pedem por um novo centro de convenções na cidade, uma vez que o Anhembi é considerado “defasado” para grandes eventos. Assim, a ideia do “Piritubão” está mantida. Contudo, a maneira com que a obra, que para a Expo 2020 estava orçada em R$ 2,8 bilhões, se tornará realidade ainda está em estudo.
— Uma exposição tem uma grande vantagem, porque ela atrai visitação durante seis meses e facilita o financiamento das obras. Na falta de exposição você precisa ter outro tipo de engenharia econômico-financeira para viabilizar o empreendimento. É um projeto que consideramos adequado para a região de Pirituba, para a cidade e até para o Brasil, porque tem um alcance internacional. Então nós vamos ver a partir de agora qual o melhor destino que vamos dar a ele.
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Em março deste ano, o projeto ganhou uma linha de crédito de R$ 680 milhões do governo federal, recursos cuja destinação estava diretamente ligada às desapropriações necessárias para a construção do novo centro de eventos. O restante dos recursos seria de ordem municipal, estadual e da iniciativa privada.
Um dos elementos que ajudam a ideia do Piritubão ir adiante é o início da construção da linha 6-Laranja do metrô, prevista para o primeiro trimestre de 2014. A nova linha passará pela zona norte e tem uma estação projetada para uma área próxima ao que pode vir a ser o novo centro de exposições.
Haddad procurou manter a cautela quando o assunto foi a possibilidade de São Paulo voltar a se candidatar para a Exposição Universal, que é o terceiro maior evento do mundo, atrás somente da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
— É um projeto que envolve o setor privado, ele não envolve o orçamento público. Ele tem que ser repactuado, não é uma decisão que cabe ao município de São Paulo. Tem que conversar com o Estado, com a União e, sobretudo, com o setor privado, que o financia em caso de uma reapresentação da candidatura. Então não é uma resposta que pode ser dada imediatamente.
A capital paulista concorreu pela Expo 2020 contra Ekaterinburgo (Rússia), Izmir (Turquia) e Dubai (Emirados Árabes), sendo esta última a escolhida para sediar o evento.