Metroviários adiam decisão sobre paralisação para o dia 5 de junho
Justiça já havia determinado que o sistema operasse com 100% da capacidade nos horários de pico e de 50% nos demais horários
São Paulo|Do R7
Os funcionários do Metrô de São Paulo decidiram adiar a greve que estava prevista para esta quarta-feira (22). Os trabalhadores aprovaram em assembleia nesta terça-feira (21), esperar uma contraproposta da Companhia do Metropolitano. O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) já havia determinado que o sistema operasse com 100% da capacidade nos horários de pico e de 50% nos demais horários, em caso de greve.
Entre as reivindicações da categoria estão aumento salarial, reintegração de dispensados e abertura de concursos para novas admissões. Também questionam projetos de terceirização e privatização de linhas por parte do governo do estado.
A rede metroviária da cidade de São Paulo é composta por 6 linhas, totalizando 104,4 km de extensão e 91 estações, por onde passam mais de 5 milhões de passageiros diariamente.
A categoria está em campanha salarial e ainda não chegou a um acordo com o Metrô sobre o percentual de reajuste. A proposta inicial, de 2,77% (inflação medida pelo IPC-Fipe), foi recusada. Além do reajuste nos salários e benefícios, o sindicato pede que o governo efetive a contratação de 115 agentes de segurança aprovados no concurso de 2019 e reintegre oito funcionários demitidos na última paralisação.
A categoria também reivindica uma maior fatia da participação nos resultados da empresa. A empresa estadual quer apresentar uma nova proposta aos trabalhadores no dia 5 de junho.
As linhas que podem ser afetadas em caso de paralisação são a 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Já as Linhas 4-Amarela e 5-Lilás funcionam normalmente, porque são operadas por concessionárias privadas. A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também não faz parte da paralisação.
Segundo o desembargador Davi Furtado Meirelles, a multa diária será de R$ 100 mil, tanto para o Sindicato dos Metroviários quanto para o Metrô, caso qualquer uma das partes dificulte a operação normal do transporte.
Na decisão, ele argumentou que a empresa já tentou impedir o cumprimento de determinações da Justiça, “sob o argumento de insegurança na prestação de serviços de forma parcial, tentando com isso transferir a totalidade da responsabilidade para a entidade sindical profissional e trabalhadores”.