Metroviários de SP decidem continuar greve nesta sexta-feira
Operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata será paralisada pelo segundo dia; rodízio de veículos está suspenso
São Paulo|Do R7
Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia, manter a greve pelo segundo dia consecutivo, após falta de acordo com o Metrô. A operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata será paralisada novamente nesta sexta-feira (24). A Prefeitura de São Paulo também suspendeu o rodízio de veículos.
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, administradas pela ViaQuatro e ViaMobilidade, e as cinco linhas de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) vão operar normalmente, durante a greve.
O Sindicato dos Metroviários propôs ao Metrô o fim da greve mediante a liberação da catraca livre para não prejudicar o atendimento à população, o que não foi aceito. A companhia ainda tinha até às 23h para informar se aceitava ou não a proposta do MPT (Ministério Público do Trabalho).
Durante a tarde, representantes do sindicato e do Metrô participaram de uma reunião TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), que terminou sem acordo. O MPT apresentou uma proposta de pagamento de R$ 2,5 mil por ano entre 2020 e 2022 de abono e sem descontar os dias de paralisação ou aplicar punições nos funcionários.
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Em decisão, nesta noite, a juíza do trabalho Eliane Aparecida da Silva Pedroso também multou em R$ 100 mil o Metrô por impedir os funcionários de operarem com catracas livres e considerou a "prática antissindical".
Em nota, o Metrô afirmou que "seguirá com plano de contingência para garantir o atendimento aos passageiros nesta sexta, 24, após o Sindicato dos Metroviários votar por dar sequência à paralisação da operação".
A companhia ainda informou que "obteve na Justiça uma liminar que determina o funcionamento de 80% do serviço do metrô nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e 60% nos demais horários durante todo o período de paralisação, o que não foi respeitado".
Ponto facultativo
Em razão da greve, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana de São Paulo, para esta sexta-feira (24).
Seguindo a gestão estadual, o prefeito Ricardo Nunes decretou ponto facultativo nas repartições públicas da capital, com exceção de serviços essenciais como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, rede municipal de ensino e Segurança Urbana.