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MP-SP denuncia 19 integrantes de movimentos sem-teto por extorsão

Investigação começou após desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, ocorrido em 1° de maio de 2018, em SP, em que sete pessoas morreram

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

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Na foto, prédio Wilton Paes
Na foto, prédio Wilton Paes

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou 19 integrantes de movimentos sem-teto por cobrarem aluguel de moradores dos imóveis ocupados e extorsão em casos de inadimplência.

A investigação começou após o incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, ocorrido em 1° de maio de 2018, no centro da capital paulista, em que sete pessoas morreram.


De acordo com o promotor de Justiça Cássio Conserino, as testemunhas afirmaram pagar um valor mensal que variava de R$ 150 a R$ 400 aos coordenadores dos diversos movimentos investigados. Quem atrasava o aluguel era ameaçado, agredido, ou expulso do prédio, segundo um dos relatos.

Leia mais: Após 1 ano, moradores do Paissandu cobram promessa de Prefeitura


Os moradores pagavam valores do rateio da manutenção dos edifícios. A denúncia aponta, também, que uma das testemunhas presenciou subornos a funcionários da Prefeitura de São Paulo e Eletropaulo para não interditarem um dos 19 prédios ocupados.

Wilton Paes de Almeida


Um ano depois da queda do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirma que vai continuar dando auxílio de moradia aos desabrigados, e os moradores seguem temendo que a prefeitura não cumpra a promessa.

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Na manhã de 1° de maio de 2019, data que marca um ano da tragédia, famílias sobreviventes, sem-teto de outros movimentos e apoiadores realizam uma manifestação em homenagem às vítimas e pedindo uma “carta de compromisso”, segundo a moradora Eliofabia Rodrigues da Silva, 35 anos, da prefeitura garantindo a continuidade do pagamento de auxílio.

Por meio de nota, a Sehab (Secretaria Municipal de Habitação) disse que as 291 famílias que comprovaram que moravam no prédio que desabou teve um convênio firmado com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) que garantiu, por um ano, o auxílio de R$ 400 por mês, sendo que no primeiro mês foi de R$ 1.200.

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