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MP-SP pede que deputado retire publicações de 'dossiê antifascista'

Para promotores de Justiça, deputado estadual Douglas Garcia (PTB) tenta "aparelhar o Estado em prol de perseguições políticas e ideológicas"

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

Uma ação de membros do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) pede para que o deputado estadual Douglas Garcia (PTB) retire do ar as publicações que fazem referência ao "dossiê antifascista" elaborado por ele

A ação dos promotores Anna Trotta Yaryd e Eduardo Valério também solicita que Garcia não realize mais publicações citando o dossiê. O pedido foi apresentado ao Poder Judiciário em caráter liminar, e indica para aplicação nos perfis pessoais nas redes sociais do deputado.

Leia também: Em SP, oposição pede cassação do mandato de Douglas Garcia

Os promotores ainda querem que o deputado estadual seja obrigado a apresentar um pedido de retratação de forma pessoal e por escrito a todas pessoas citadas no dossiê, e que deixe claro no texto que ser antifascista não significa, necessariamente, ser terrorista ou integrante de grupo de extermínio.

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Garcia usou as redes sociais em junho deste ano para pedir aos seus seguidores que ajudassem a criar uma lista com nomes e informações de manifestantes autodeclarados "antifascistas".

Conforme as apurações, essas informações foram enviadas por e-mail e WhatsApp ao deputado, e chegou a ter cerca de mil nomes. Segundo o MP-SP, essas pessoas passaram a ter seus dados pessoais e retrados divulgados, o que teria assustado as vítimas e autoridades que apuram o caso.

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Ainda de acordo com as apurações do Ministério Publico, não há nenhum registro de que os manifestantes antifascistas tenham participado de qualquer ato terrorista no país, e eles não podem ser criminalizados por não existir nenhuma legislação que tipifique criminalmente o fato de participar de grupos dominados "antifas".

Os promotores entendem ainda que o que o deputado fez foi "uma tentativa rasa e injustificada de aparelhar o Estado em prol de perseguições políticas e ideológicas a partir de uma bússola cujo norte é o governante de plantão, em franca violação a direitos fundamentais mínimos previstos no artigo 5º da Constituição".

O R7 questionou o deputado sobre a ação do Ministério Público, no entanto, não houve retorno até a publicação desta reportagem.

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