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MP vai apurar responsabilidade sobre acidente de Taguaí (SP)

Inquérito civil vai apurar também relação de consumo entre fretadora do ônibus e os passageiros, que eram funcionários de empresa têxtil

São Paulo|Do R7

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) iniciou um inquérito civil para apurar as responsabilidades pelo acidente entre um caminhão e um ônibus que matou 41 pessoas na rodovia SP 249 Alfredo de Oliveira Carvalho, no interior de São Paulo. Também será investigada a relação de consumo entre a empresa do ônibus fretado e os passageiros, funcionários de uma empresa têxtil. 

Leia mais: Polícia acredita que ultrapassagem proibida causou acidente em Taguaí

A promotora Ana Laura Martins levou em consideração os fatos de que parte significativa das vítimas do acidente residiam ou residem no município de Itaí, e que a empresa Star Fretamento e Locação, proprietária do ônibus, estaria operando sem autorização para o transporte de passageiros.

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O procedimento também se debruçará sobre os indícios da presença de relação de consumo entre a Star Fretamento e Locação e os funcionários da empresa têxtil Stattus Jeans, que usavam o transporte todos os dias para ir ao trabalho. A maioria das vítimas eram funcionárias da empresa.

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O advogado da Stattus Jeans declarou, em um primeiro momento, que ônibus era rateado, contratado pelos próprios funcionários. A informação foi negada por uma sobrevivente. "Não. Só uma fachada. Eram eles quem pagavam. Eles colocavam no holerite como se descontasse de nós, mas na verdade, não descontava. Era o patrão quem pagava o ônibus", afirma Sônia Lobo.

Caminhão envolvido no acidente que provocou 41 mortes em Taguaí (SP)
Caminhão envolvido no acidente que provocou 41 mortes em Taguaí (SP) Caminhão envolvido no acidente que provocou 41 mortes em Taguaí (SP)

Polícia suspeita de ultrapassagem proibida

A polícia de Taguaí acredita que o acidente tenha ocorrido por conta de uma impudência do motorista do ônibus, sobrevivente da tragédia, que teria tentado fazer uma ultrapassagem proibida.

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A empresa Star Fretamento e Locação transportava ilegalmente os passageiros desde outubro do ano passado. O veículo estava sendo contratado pelos próprios passageiros sem vínculo com a empresa.

Veja também: Acidente em Taguaí é o mais grave em São Paulo nos últimos 22 anos

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A polícia está ouvindo o depoimento das vítimas que sobreviveram ao acidente e de outras testemunhas para confrontar com a versão apresentada pelo motorista do veículo. Uma nova perícia foi feita com o que restou do ônibus depois do acidente.

"São as versões: houve uma tentativa de frear e não funcionou, e não houve a tentativa de frear e simplestemente uma tentativa de ultrapassagem em local proibido", detalha a delegada Camila Alves Rosa. "Tudo indica para que não tenha sido uma falha mecânica. mas eu não tenho como afirmar isso com um laudo na mão."

"O ônibus corria um pouco, era agitado no volante, corria bastante. Inclusive, passa na rua da minha casa. Às vezes, eu ouvia o zumbido do ônibus, eu até me sentia mal", conta Teresinha de Oliveira, mãe de uma das vítimas.

A Star Fretamento e Locação afirmou que toda a documentação do ônibus envolvido no acidente está em dia e que está ajudando as vítimas e auxiliando com a investigação. A empresa Status Jeans também disse que está prestando auxílio aos parentes das vítimas e colaborando com as autoridades.

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