Mulher suspeita de colar olho do marido e tentar envenená-lo vai a júri popular nesta quinta-feira
Juliana dos Santos Silva também é investigada por ter colaborado na morte da enteada, anos antes do crime contra Fabrício Marçal
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
Uma mulher acusada de ter colado o olho do marido e tentado envenená-lo vai a júri popular nesta quinta-feira (29), em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. Juliana dos Santos Silva também é suspeita de ter colaborado no assassinato da enteada, que aconteceu anos antes do crime contra Fabrício Marçal.
A morte da pequena Rebecca, de 6 anos, parecia ser um crime solucionado após a prisão de Antônio Gomes de Souza Sobrinho, vizinho da criança. Em uma noite de outubro de 2019, ele teria entrado na casa onde Juliana e Fabrício moravam, imobilizado a mulher e asfixiado a criança.
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Horas após o crime, a Polícia Civil encontrou pertences de Fabrício na casa de Antônio, que, mesmo condenado, nunca assumiu o assassinato de Rebecca.
Fabrício, que não estava em casa no momento do crime, suspeitava de que alguém tinha facilitado a entrada de Antônio na casa.
“Comentava [sobre a teoria] com Juliana, e ela se esquivava. Só que, durante a convivência, ela foi esboçando reações que não condiziam com a pessoa que ela era”, contou Fabrício à Record TV.
Em 2021, ao começar a suspeitar de que alguém poderia ter sido cúmplice de Antônio, Fabrício teve a comida supostamente envenenada por Juliana. Além da refeição, a ré teria sabotado também o refrigerante do então marido, que desconfiou disso quando não ouviu o barulho do lacre ao abrir a garrafa.
Segundo a vítima, ele não se recorda do caminho entre a casa e o hospital. Ao chegar à unidade de saúde, Fabrício estava com as pálpebras coladas.
“[Juliana é] fria e calculista, manipulou toda a situação para se passar como uma vítima. Na tentativa de homicídio contra mim, ela tentou passar uma situação como se eu tivesse me suicidado”, disse Fabrício.
Após a suposta tentativa de assassinato contra o ex-companheiro, Juliana permaneceu cerca de um ano desaparecida, até ser encontrada pela Polícia Civil.
Reviravolta no caso Rebecca
A prisão de Juliana fez com que o caso Rebecca fosse reaberto, após uma pessoa próxima a Antônio ter afirmado que os dois mantinham um caso extraconjugal. De acordo com essa testemunha, o suspeito da morte de Rebecca apresentava a madrasta da menina como namorada.
A hipótese dos advogados de Fabrício é que a pequena Rebecca flagrou Antônio dentro da casa em que Juliana morava com o ex-marido. O vizinho teria cometido o crime para evitar que a menina, de 6 anos, contasse alguma coisa.
“Até hoje não me conformo pela maldade que eles fizeram”, lamentou Fabrício.
A defesa de Juliana afirma que a ré é inocente das acusações.