Oito adolescentes são levados à DP por confusão em sala de aula
Delegado representou acusações de dano ao patrimônio público e lesão corporal, além de pedir a apreensão à Vara da Infância e Juventude
São Paulo|Edilson Muniz e Elizabeth Matravolgyi, da Agência Record
Oito adolescentes foram levados pela Polícia Civil à delegacia de Carapicuíba na manhã desta segunda-feira (03), pelos tumultos causados na Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, no município da Grande São Paulo, no fim da última semana.
De acordo com o delegado do 1° Distrito Policial de Carapicuíba, os adolescentes foram encaminhados para prestar depoimento.
O delegado representou as acusações de dano ao patrimonio público e lesão corporal, além do crime de associação criminosa contra os adolescentes. A Polícia Civil aguarda a Vara da Infância e Juventude dar o parecer sobre o pedido.
A vítima registrou boletim de ocorrência sobre o caso, alegando ter sofrido injúria dentro da sala de aula. O caso foi registrado pela DDM (Delegacia da Mulher) de Carapicuíba. A vítima foi informada que a ocorrência será encaminhada à Vara de Infância e Juventude.
Entenda o caso
O caso de injúria chamou a atenção depois que o vídeo filmado dentro da sala de aula foi divulgado pelas redes sociais.
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Nas imagens gravadas dentro das dependências da escola, a professora aparece pedindo aos alunos que se sentem, mais tarde tentando repreender uma outra criança, que a confronta, empurra e sai correndo da sala. Quando a educadora deixa a sala, os alunos começam a atirar cadeiras pelo local.
Outro vídeo ainda mostra que os alunos montaram uma "armadilha" para a professora, colocando uma lixeira em cima da porta que seria usada pela funcionária da escola para entrar na sala.
Sindicato e Secretaria se pronunciam
Mais cedo, a Secretaria Estadual de Educação confirmou a suspensão de sete alunos envolvidos na confusão.A secretaria também afirmou que ainda existe a possibilidade de transferência compulsória dos alunos envolvidos no caso, e que todo o episódio é acompanhado pelo Conselho Tutelar.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) declarou que o ocorrido demonstra as consequências do "abandono da Educação Pública no Estado de São Paulo" e que o sindicato deve se reunir com o Dirigente de Ensino e o Conselho Tutelar para encontrar uma solução.