Passageira usa máscara no metrô de São Paulo, que deixará de exigir a proteção
DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO 26.02.2020O Governo do Estado de São Paulo e a prefeitura da capital decidiram derrubar a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial contra a Covid-19. A medida valerá a partir de sexta-feira (9) e atende a uma recomendação do parecer do comitê de especialistas que acompanha o tema.
A obrigatoriedade da utilização de máscaras permanece nos locais destinados à prestação de serviços de saúde, como hospitais. No transporte público, o uso passa a ser opcional, porém ainda recomendado pelo Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo – antigo Comitê Científico.
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Segundo a nova avaliação feita pelo conselho, formado por especialistas em saúde pública, o atual cenário epidemiológico permite reduzir a restrição. Trata-se de mais uma flexibilização adotada pelos governos, já que a obrigatoriedade de máscaras em locais abertos e fechados já havia caído nos últimos meses.
A recomendação para a manutenção do uso de máscaras vale especialmente para os grupos considerados vulneráveis, como idosos a partir dos 60 anos de idade e pessoas imunossuprimidas.
"O Conselho Gestor aponta que o estado conta com altas taxas de cobertura vacinal, expressiva queda nas internações por Covid-19 e uma taxa de óbitos por milhão de habitantes menor do que em países desenvolvidos. Os EUA e países da Europa com índices de vacinação menores e taxas de óbitos por Covid-19 maiores do que o Estado de São Paulo já baixaram a obrigatoriedade de uso de máscara no transporte público", informaram governo e prefeitura, por meio de nota.
Em relação aos números da pandemia registrados no início deste ano no Estado de São Paulo, houve queda de mais de 90% nas internações e mortes por Covid. O total de pacientes com a doença internados em Unidades de Terapia Intensiva despencou de 4.091, em 3 de fevereiro, para 363, atualmente. A média móvel de mortes caiu de 288, em 9 de fevereiro, para 27.